Termos Jurídicos são fundamentais para a prática do direito, facilitando a comunicação precisa e eficiente entre profissionais da área. Estes termos são utilizados para descrever conceitos, ações, processos e documentos legais, garantindo clareza e precisão nas comunicações jurídicas.
A familiaridade com os Termos Jurídicos é essencial para advogados, juízes, estudantes de Direito e outros profissionais do setor, permitindo um entendimento comum e evitando ambiguidades que possam comprometer interpretações legais.
Neste texto, abordaremos detalhadamente o que são os Termos Jurídicos, apresentando uma lista dos principais termos utilizados no dia a dia dos profissionais do direito e os diferentes tipos de vocabulário jurídico.
O que são Termos Jurídicos?
Conforme orienta o portal Aurum, os Termos Jurídicos são expressões da linguagem utilizada por operadores do Direito, como advogados, juízes e outros profissionais, para se referir a documentos, procedimentos ou definições.
Estes termos são fundamentais para a compreensão de textos legais, como contratos, leis e regulamentos. Eles ajudam a padronizar a linguagem jurídica, permitindo que todas as partes envolvidas tenham um entendimento comum sobre assuntos legais.
A importância da linguagem e comunicação jurídica
Segundo o portal Jus Brasil, a linguagem e o direito possuem uma relação fundamental e inseparável. É por meio da linguagem, seja ela falada, escrita ou interpretada, que é possível elaborar leis, redigir contratos, formalizar petições e conduzir julgamentos.
A comunicação jurídica bem estruturada é indispensável para garantir que os direitos e deveres sejam compreendidos corretamente, evitando interpretações equivocadas que possam gerar conflitos ou injustiças.
Essa comunicação jurídica depende do uso adequado dos Termos Jurídicos, por isso é importante entender os significados de cada um deles. Em contratos, sentenças e pareceres, a escolha das palavras deve ser meticulosa, pois qualquer erro ou inconsistência pode comprometer todo o processo judicial ou até alterar o significado de uma norma legal.
Além da necessidade técnica, a comunicação jurídica também facilita o acesso à justiça quando bem empregada. Quando os Termos Jurídicos são explicados de forma clara, a população consegue entender melhor seus direitos e obrigações, evitando abusos e assegurando uma participação mais ativa nos processos legais. Um sistema jurídico eficaz não se baseia apenas em normas rígidas, mas também na transparência e acessibilidade da linguagem.
Por isso, advogados e demais profissionais do setor devem sempre buscar um equilíbrio entre a precisão técnica e a clareza na comunicação, garantindo que a justiça seja compreendida e aplicada da melhor forma possível.

Quais são os Termos Jurídicos?
Existem inúmeros Termos Jurídicos usados no cotidiano dos profissionais do Direito, cada um desempenhando um papel único na comunicação e na prática jurídica. A seguir, conheça os principais termos de acordo com o portal da Justiça do Trabalho:
Habeas Corpus e Habeas Data
O habeas corpus é um dos Termos Jurídicos mais conhecidos, utilizado para proteger o direito à liberdade de um indivíduo, garantindo que ele não seja preso de forma arbitrária. Por exemplo, um advogado pode solicitar um habeas corpus para liberar um cliente que foi detido sem provas suficientes.
Já o termo habeas data é utilizado para garantir o direito de uma pessoa de acessar informações pessoais registradas em bancos de dados de entidades públicas ou privadas. Exemplo: um cidadão pode utilizar o habeas data para verificar quais informações suas estão sendo mantidas por uma instituição financeira. Caso encontre dados incorretos ou desatualizados, ele pode solicitar a correção ou atualização desses dados para evitar possíveis prejuízos ou constrangimentos futuros.
Mandado de Segurança
Outro Termo Jurídico importante, o Mandado de Segurança é utilizado para proteger direitos líquidos e certos, não amparados por habeas corpus ou habeas data. Por exemplo, uma empresa pode solicitar um Mandado de Segurança para assegurar seu direito a uma licença ambiental que foi injustamente negada.
Contrato
Um contrato é um acordo legal entre duas ou mais partes, estabelecendo obrigações e direitos mútuos. Por exemplo, um contrato de aluguel define os deveres do locador e do locatário em relação à propriedade alugada.
Jurisprudência
Jurisprudência é o conjunto de decisões e interpretações de tribunais que serve como referência para casos futuros. Por exemplo, uma decisão do Supremo Tribunal Federal pode estabelecer uma jurisprudência que outros tribunais inferiores devem seguir em casos semelhantes.
Réu
O réu é a parte acusada em um processo judicial. Por exemplo, em um caso criminal, o réu é a pessoa que está sendo acusada de cometer um crime.
Petição
Uma petição é um documento formal apresentado ao tribunal, solicitando uma decisão sobre um assunto específico. Por exemplo, uma petição pode ser apresentada por um advogado pedindo a anulação de uma multa de trânsito injusta.
Sentença
A sentença é a decisão final de um juiz sobre um caso. Por exemplo, em um processo civil, a sentença pode determinar que uma parte pague indenização à outra por danos causados.
Diligência
Diligência é um ato processual realizado fora da sede do juízo, como uma inspeção, notificação ou cumprimento de ordem judicial. Pode ser feito por um oficial de justiça ou outro representante do tribunal para provas, entregar intimações ou garantir o cumprimento de uma decisão judicial.
Dissídio
Dissídio é um conflito de interesses levado à Justiça para resolução. No direito trabalhista, existem dois tipos principais:
- Dissídio individual: ocorre quando um trabalhador entra em ação judicial contra o empregador para reivindicar direitos específicos, como pagamento de horas extras ou verbas rescisórias.
- Dissídio coletivo: envolve sindicatos e trabalhadores ou categorias profissionais, buscando melhorias salariais, benefícios ou condições de trabalho para um grupo de trabalhadores.
Ônus da prova
O ônus da prova define quais das partes do processo tem a responsabilidade de apresentar evidências para comprovar suas alegações. No direito trabalhista, por exemplo, geralmente cabe ao empregador demonstrar que cumpriu suas obrigações, enquanto o trabalhador deve comprovar a existência do direito que está fazendo.
Segredo de Justiça
O segredo de justiça é a restrição de acesso a um processo judicial, garantindo que apenas as partes envolvidas e seus advogados possam consultá-lo. Essa medida é adotada em casos que envolvam sigilo bancário, proteção de menores ou questões de segurança, protegendo informações sensíveis de exposição pública.
Reclamante e reclamada
Na Justiça do Trabalho, o reclamante é o trabalhador que entra com um processo judicial contra o empregador, buscando a correção de um direito cumprido violado. Já a reclamada é a empresa ou pessoa física contra quem a ação é movida.
Penhora
Penhora é a apreensão judicial de bens do devedor para garantir o pagamento de uma dívida reconhecida em processo. Esse procedimento ocorre quando um credor não recebe voluntariamente o valor devido, permitindo que o bem penhorado seja vendido em leilão para quitação do débito.
Quais são os tipos de vocabulário jurídico?
Podemos dizer que o vocabulário jurídico se divide em três facetas, sendo o vocabulário jurídico técnico, vocabulário jurídico coloquial e o vocabulário jurídico doutrinário.
O vocabulário jurídico técnico inclui Termos Jurídicos específicos utilizados em documentos legais e procedimentos judiciais, como “petição inicial”, “contestação” e “acórdão”. Este tipo de vocabulário é fundamental para a prática jurídica formal, pois garante a precisão e a clareza necessárias em processos e documentos legais.
Por outro lado, o vocabulário jurídico coloquial é menos formal e utiliza termos de forma mais acessível e compreensível para o público geral, como “ação judicial” e “sentença”. Este tipo de vocabulário é crucial para a comunicação com pessoas que não têm formação jurídica, facilitando o entendimento de questões legais por parte do público leigo.
Por fim, o vocabulário jurídico doutrinário está presente em textos acadêmicos, livros jurídicos e teses, aprofundando os estudos do Direito, discutindo interpretações, propondo teorias e analisando casos práticos.
Embora seja mais elaborada e técnica, a linguagem doutrinária também pode ser acessível, desde que seja apresentada de maneira clara e didática. Muitos servidores públicos recorrem a essas obras para se aprimorar e estar atualizados sobre os temas jurídicos relevantes.
Quais palavras os advogados mais usam?
Advogados frequentemente utilizam uma série de Termos Jurídicos em sua prática diária para garantir a precisão e a clareza na comunicação jurídica.
Como já vimos anteriormente, esses termos são essenciais para a rotina de um operador do Direito. Dessa forma, a familiaridade com esses termos não só facilita o trabalho dos advogados, mas também assegura que todas as partes envolvidas em um caso jurídico tenham um entendimento claro e uniforme das questões em discussão.
As principais palavras utilizadas pelos advogados são:
- Petição: Documento formal onde uma das partes solicita algo ao juiz.
- Sentença: Decisão final proferida por um juiz sobre um caso.
- Embargos: Recursos utilizados para contestar ou esclarecer decisões judiciais.
- Apelação: Recurso para revisar uma decisão judicial em instância superior.
- Ação: Procedimento judicial iniciado por uma parte que busca a proteção de um direito.
- Prova: Elemento apresentado no processo para demonstrar a veracidade de fatos alegados.
- Intimação: Notificação formal para comparecimento ou cumprimento de uma determinação judicial.
- Processo: Conjunto de atos e procedimentos destinados à solução de um conflito de interesse.
- Tutela: Medida judicial para proteger direitos de uma pessoa, geralmente temporária.
- Precatório: Ordem judicial de pagamento emitida contra a Fazenda Pública.
Como interpretar corretamente os Termos Jurídicos em documentos legais?
A interpretação correta dos Termos Jurídicos em documentos legais é essencial para evitar problemas futuros. Muitas pessoas, ao lerem um documento jurídico, enfrentam dificuldades devido à complexidade da linguagem utilizada. No entanto, entender esses termos não precisa ser um desafio insuperável.
Principais erros na leitura de contratos e como evitá-los
Um erro comum na leitura de contratos é focar apenas nas cláusulas principais, como valores e prazos, ignorando os detalhes que podem conter obrigações ocultas. Termos como ônus da prova, mora ou cláusula resolutiva podem determinar a responsabilidade das partes em caso de descumprimento.
Para evitar esse erro, é recomendável ler o contrato na íntegra, destacando termos desconhecidos e buscando sua definição antes de assinar qualquer documento.
Outro erro frequente é não verificar a coerência entre diferentes cláusulas. Por exemplo, uma cláusula pode garantir um direito ao contratante, enquanto outra, mais adiante, pode limitar esse direito de maneira sutil. A dica aqui é sempre revisar o documento mais de uma vez.
Dicas para compreender cláusulas complexas em processos judiciais
Quando se trata de processos judiciais, a linguagem técnica pode dificultar a compreensão das decisões. Muitas vezes, palavras como acórdão, transitado em julgado ou litigância de má-fé não são familiares ao público geral ou para estudantes de Direito. Para facilitar o entendimento, uma abordagem útil é consultar a jurisprudência — ou seja, decisões anteriores sobre o mesmo tema — para entender como aquele termo foi aplicado na prática.
Outra dica é dividir a leitura do documento em partes. Comece pelos trechos que contêm os principais pontos do processo, como pedidos e decisões. Depois, leia as fundamentações, que explicam o porquê daquela decisão ter sido tomada. Se ainda houver dúvidas, recorrer a dicionários jurídicos ou portais especializados pode ajudar a tornar a leitura mais acessível.
Como os Termos Jurídicos afetam a redação de petições e contratos?
A precisão na escolha das palavras pode determinar a validade de um contrato e evitar ambiguidades que levem a disputas judiciais. Um contrato bem estruturado deve conter os seguintes elementos essenciais:
- Identificação das partes: Nome completo, CPF/CNPJ e demais informações relevantes para garantir a legitimidade do acordo.
- Objeto do contrato: Descrição clara do que está sendo acordado entre as partes.
- Direitos e obrigações: Definição das responsabilidades de cada parte, evitando interpretações divergentes.
- Condições e prazos: Determinação de datas para cumprimento das obrigações, evitando omissões que possam gerar conflitos.
- Penalidades e rescisão: Especificação das consequências para o descumprimento do contrato.
- Foro e legislação aplicável: Definição da jurisdição que irá regular eventuais disputas.
Quando utilizada essa estrutura e escolhendo os Termos Jurídicos adequados para cada caso, é possível diminuir os riscos de nulidade contratual e assegurar que qualquer desacordo possa ser resolvido de forma mais eficaz.
Portanto, o uso correto dos Termos Jurídicos é vital para evitar mal-entendidos e garantir que os direitos e deveres sejam corretamente interpretados e aplicados.
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