Área da Saúde: o que é Anamnese?

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Anamnese é um processo fundamental na prática médica, utilizado para coletar informações detalhadas sobre o paciente com o objetivo de compreender melhor o seu estado de saúde e orientar o diagnóstico e o tratamento. Trata-se de uma entrevista estruturada, onde o médico faz uma série de perguntas ao paciente para obter um histórico completo de sua saúde.

Estudos comprovam a importância dessa entrevista, pois 82,5% dos diagnósticos médicos são realizados com base nas informações coletadas durante a anamnese (fonte: Revista de Medicina da USP).

Para compreendermos mais sobre o tema, abordaremos neste texto as etapas da anamnese e quem deve realizá-la, o que não pode faltar numa boa anamnese e como ela é utilizada em diferentes especialidades médicas.

Quem deve fazer a anamnese?

De acordo com o Portal Telemedicina, é importante enfatizar que a anamnese não é apenas uma função dos médicos, mas de todos os profissionais de saúde envolvidos no atendimento multidisciplinar de um indivíduo. Além disso, sua efetividade também passa pela colaboração do próprio paciente ao prestar as informações pertinentes.

Ao realizar o laudo de um exame, os médicos não precisam, necessariamente, conhecer a história da pessoa que passou por aquele procedimento. Uma vértebra X na região Y da coluna que esteja com alguma alteração, será descrito no laudo como sendo a mesma vértebra X alterada na região Y, independentemente do conhecimento prévio do médico e das ponderações do paciente.

No entanto, nas ciências da saúde, fatores pequenos podem melhorar substancialmente os diagnósticos. Nesses casos, uma simples informação, como a queixa de uma dor ou sintoma, podem auxiliar o médico na descoberta de um diagnóstico muito mais preciso.

Quais as etapas da anamnese?

A anamnese médica pode ser feita em diferentes etapas, dependendo do médico que a estiver conduzindo. Mas, no geral, o profissional pode se orientar com base nas seguintes etapas:

Identificação do paciente

Quando falamos sobre quais as etapas da anamnese, é importante sempre começar com a identificação do paciente. Isso inclui ter acesso a informações como nome, idade, gênero, profissão, estado civil, etnia, hábitos de saúde, dentre outras informações.

Entendimento da queixa principal do paciente

Após a identificação do paciente, deve-se ouvir com atenção qual é a queixa principal que ele apresenta. O objetivo desta etapa é compreender o que motivou o paciente a procurar o atendimento médico.

Investigação do histórico da queixa

O médico deve realizar perguntas ao paciente na intenção de investigar, por exemplo, quando as queixas começaram e se os sintomas já foram notados anteriormente. Isso vai ajudar na compreensão do quadro atual do paciente.

Investigação do histórico médico e familiar do paciente

Esse é o momento da anamnese em que se busca investigar se o paciente já teve outras doenças, se já passou por procedimentos cirúrgicos, se faz uso controlado de medicamentos, dentre outros. Além disso, é preciso questionar o paciente sobre o histórico de doenças e antecedentes pessoais e da família, assim como seus hábitos e eventuais vícios (fonte: Memed+).

O que mais não pode ficar de fora de uma boa anamnese?

Profissional-médica-fazendo-anamnese

O principal ponto que não pode ser deixado de lado é a atenção. Com uma anamnese focada, todo o trabalho de diagnóstico e condução terapêutica será muito mais facilitado e otimizado.

Lembrando que isso é válido tanto para as consultas conduzidas em um consultório médico ou pela telemedicina. No âmbito digital, também é possível fazer anamneses completas e eficazes. O avanço da tecnologia permitiu que o contato entre médico e paciente se consolidasse mesmo à distância (fonte: GestãoDS).

Como a anamnese é usada em diferentes especialidades médicas?

Como já vimos, a anamnese pode ser realizada por diferentes profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, dentistas, entre outros. Cada profissional tem sua própria forma de conduzi-la, em função de sua área de atuação e os objetivos da consulta.

Cada especialidade médica pode ter um modelo de anamnese específico, conforme as características e necessidades de cada área. Confira alguns exemplos abaixo (fonte: Valesaúde).

  • Clínica geral: na medicina geral, é usada para obter informações detalhadas sobre a saúde atual e passada do paciente, antecedentes familiares, hábitos de vida, sintomas atuais e passados, entre outros. Isso ajuda a orientar o diagnóstico e o plano de tratamento.
  • Psiquiatria e Psicologia: é essencial para entender a história psicossocial do paciente, incluindo experiências traumáticas, história familiar de doenças mentais, comportamentos, emoções e pensamentos. Isso auxilia no diagnóstico de transtornos mentais e no desenvolvimento de planos de tratamento individualizados.
  • Pediatria: não apenas abrange a história médica da criança, mas também questões sobre o desenvolvimento, marcos do crescimento, comportamento, alimentação, histórico vacinal, entre outros aspectos importantes para avaliar a saúde infantil.
  • Ginecologia e Obstetrícia: aqui, se concentra na saúde reprodutiva da paciente, incluindo histórico menstrual, gravidez, condições obstétricas e ginecológicas, contracepção e saúde sexual.
  • Neurologia: visa identificar sintomas como dor de cabeça, tontura, distúrbios motores ou sensitivos, distúrbios de memória e outras questões neurológicas específicas que auxiliam na diferenciação de doenças do sistema nervoso.
  • Cardiologia: é crucial para avaliar fatores de risco cardiovascular, como histórico familiar de doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo, além de sintomas como dor no peito, dispneia, palpitações, entre outros.

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