8 competências emocionais que o mercado valoriza

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As competências emocionais são habilidades essenciais que transcendem o intelecto, moldando a forma coAs competências emocionais ganharam um novo peso no mercado de trabalho atual. Em um ambiente cada vez mais dinâmico, digital e colaborativo, saber lidar com emoções, trabalhar bem em equipe e manter uma comunicação clara se tornou essencial para o sucesso — não só individual, mas coletivo.

Segundo o portal Exame, 82% dos recrutadores destacam a importância do aprimoramento das soft skills, especialmente comunicação e colaboração. Esse dado reforça uma mudança significativa nas prioridades das empresas: mais do que formação técnica, elas buscam profissionais emocionalmente preparados para lidar com desafios e construir relações saudáveis no ambiente corporativo.

Outro ponto revelador da mesma pesquisa mostra que 69% dos profissionais de RH acreditam que existe uma lacuna entre as habilidades que os candidatos apresentam e aquelas que as empresas realmente precisam. Ou seja, há espaço, e necessidade, para desenvolver competências emocionais com intencionalidade. Para quem já entendeu essa tendência e começa a se aprimorar, isso representa uma grande vantagem competitiva.

Para compreender melhor sobre o tema, no post de hoje vamos apresentar quais são as principais competências emocionais valorizadas pelo mercado, por que elas importam e como você pode desenvolvê-las de forma prática e estratégica ao longo da sua carreira.

O que é competência? 

Antes de explicar mais sobre competências emocionais, é importante entender o que são competências.

Competência, em um contexto geral, refere-se à capacidade ou habilidade de uma pessoa para realizar tarefas, enfrentar desafios, atingir metas e agir de maneira eficaz em determinadas situações. Trata-se do conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e comportamentos que uma pessoa possui e que a qualifica para desempenhar funções específicas com sucesso.

Ou seja, podemos dizer que as competências se referem às habilidades, conhecimentos, atributos e características que um indivíduo possui ou adquire e que são relevantes para desempenhar com sucesso uma determinada tarefa, função ou papel. 

Essas competências podem ser adquiridas e desenvolvidas ao longo do tempo, e geralmente são classificadas em duas categorias principais: competências técnicas e competências comportamentais, conhecidas também como hard skills e soft skills. Entenda mais:

  • Competências técnicas: São também conhecidas como “hard skills”, são habilidades específicas relacionadas aos conhecimentos técnicos, experiências e treinamentos em um campo do conhecimento. São as competências do currículo que são colocadas no campo de formação, por exemplo.
  • Competências comportamentais: Já estas também são conhecidas como “soft skills”, são habilidades relacionadas ao comportamento, atitudes e emoções. Essas competências são tão importantes quanto às competências técnicas, pois se relacionam com a maneira como que o indivíduo interage com os outros e desempenha suas funções.

No ambiente de trabalho, ambas as competências são fundamentais para o sucesso, pois ajudam as pessoas a realizarem suas tarefas de forma eficaz, colaborar com colegas, resolver problemas e alcançar metas.

As empresas, muitas vezes, procuram candidatos que possuam não apenas as competências técnicas necessárias para um cargo, mas também as competências comportamentais que se alinham à cultura organizacional e às necessidades da equipe.

O que são competências emocionais?

Como já mencionado anteriormente, as competências emocionais fazem parte das chamadas habilidades comportamentais e estão diretamente ligadas ao nosso equilíbrio interno e à forma como nos conectamos com o mundo.

Elas envolvem, por exemplo, saber lidar com a frustração quando algo dá errado, manter a calma durante um conflito ou entender o que o outro está sentindo sem que ele precise dizer uma palavra.

Ter essas competências significa saber reconhecer e organizar as próprias emoções, comunicar-se com clareza e se adaptar melhor a diferentes ambientes e pessoas.

É o que nos ajuda a resolver problemas em equipe, receber críticas de forma construtiva ou até ter empatia por um colega que está passando por um momento difícil.

Qual a diferença entre inteligência emocional e competência emocional?

 Apesar de parecerem sinônimos, inteligência emocional e competências emocionais não são exatamente a mesma coisa. A inteligência emocional é a capacidade de perceber, entender, regular e expressar emoções, tanto as suas quanto as dos outros. É como uma “base mental” que guia nossas reações e escolhas emocionais.

Já as competências emocionais são as habilidades práticas que colocamos em ação a partir dessa inteligência. Por exemplo: saber ouvir com empatia, manter a calma sob pressão ou pedir desculpas depois de um erro são exemplos de competências emocionais.

Em resumo: a inteligência emocional é o entendimento, enquanto as competências emocionais são as atitudes e comportamentos que demonstram esse entendimento no dia a dia.

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Quais são as 8 competências emocionais que o mercado valoriza?  

Entre tantas habilidades comportamentais, algumas competências emocionais se destacam e chamam mais atenção dos recrutadores. Elas têm sido decisivas em processos seletivos, principalmente em cargos que exigem relacionamento interpessoal, gestão de equipe ou atuação em ambientes de constante mudança.

De acordo com o portal Robert Half, consultoria global especializada em recrutamento e seleção de profissionais para cargos estratégicos, as 8 competências emocionais mais valorizadas no mercado atual são essenciais para profissionais que desejam se destacar em qualquer área. Abaixo, explicamos cada uma delas com exemplos de aplicação no dia a dia de trabalho.

Adaptabilidade    

É a capacidade de se ajustar rapidamente a novas situações, ambientes ou tarefas. Um profissional adaptável não resiste à mudança, ele aprende com ela.

Exemplo: quando uma empresa implementa um novo sistema digital e o colaborador se voluntaria para aprender e ajudar os colegas, ele está demonstrando adaptabilidade.

Autonomia   

Ter autonomia significa ser capaz de tomar decisões e agir com responsabilidade, sem precisar de supervisão constante.

Exemplo: um analista de marketing que organiza e executa uma campanha completa com base nos dados disponíveis, sem depender de aprovação para cada passo, mostra autonomia na prática.

Resiliência     

A resiliência está ligada à capacidade de lidar com pressões, frustrações e fracassos, mantendo a motivação.

Exemplo: um profissional de vendas que não desanima após perder um cliente importante e continua buscando novas oportunidades demonstra alta resiliência.

Liderança    

Não se trata apenas de comandar, mas de inspirar, orientar e desenvolver pessoas.

Exemplo: um coordenador que percebe um conflito na equipe e intervém com empatia e estratégia para restabelecer a harmonia está praticando liderança emocional.

Autorresponsabilidade     

É reconhecer o próprio papel nos resultados, evitando culpar terceiros. Pessoas autorresponsáveis aprendem com erros e buscam soluções.

Exemplo: quando um projeto atrasa, o colaborador que reconhece sua parcela de responsabilidade e propõe um plano de ação para recuperar o prazo demonstra maturidade e autorresponsabilidade.

Flexibilidade    

Flexibilidade envolve a abertura para lidar com tarefas diferentes, horários variados ou mudanças de rota.

Exemplo: um designer que, diante de uma nova demanda urgente, reorganiza sua agenda para atender o cliente sem comprometer os prazos anteriores mostra flexibilidade.

Comunicação    

Para alcançar melhores resultados na comunicação, é preciso ir além de falar bem. Envolve saber ouvir, adaptar a linguagem ao público e transmitir ideias com clareza.

Exemplo: uma analista de RH que conduz uma entrevista com escuta ativa e explica de forma transparente a cultura da empresa está exercendo uma comunicação eficaz.

Aprendizado contínuo    

Refere-se à busca constante por conhecimento e crescimento. É cada vez mais valorizado em um mundo de mudanças rápidas.

Exemplo: um profissional que faz uma pós-graduação ou MBA para se atualizar e aplicar novas estratégias no trabalho demonstra compromisso com o aprendizado contínuo e com a própria evolução na carreira.

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Por que as competências emocionais são importantes para o mercado?

 As competências emocionais fazem toda a diferença no ambiente de trabalho e o mercado já percebeu isso. Veja por quê:

  • Relações interpessoais: ajudam a manter o respeito e a empatia no dia a dia;
  • Liderança eficaz: líderes emocionalmente inteligentes inspiram e motivam;
  • Resolução de conflitos: evitam atritos desnecessários e fortalecem o diálogo;
  • Clima organizacional positivo: geram mais engajamento e colaboração;
  • Tomada de decisões: unem razão e emoção com equilíbrio;
  • Adaptabilidade e resiliência: úteis em momentos de crise ou mudança;
  • Inovação e criatividade: criam espaço para novas ideias florescerem;
  • Bem-estar: reduzem o estresse e melhoram a saúde mental coletiva.

Como as competências emocionais são avaliadas em entrevistas de emprego?  

Se antes os recrutadores se concentravam apenas no currículo, hoje eles querem entender quem é o candidato além das habilidades técnicas. E é aí que entram as competências emocionais.

Para identificá-las, as empresas usam estratégias que simulam situações reais durante a entrevista de emprego, observando como o profissional pensa, reage e se comunica. Não basta dizer que é resiliente ou colaborativo, é preciso demonstrar. Veja como isso acontece na prática:

Perguntas comportamentais e testes práticos    

Essas perguntas são diretas e costumam começar com: “Me conte sobre uma vez em que…”. O objetivo é entender como o candidato agiu em experiências anteriores. Por exemplo, se alguém relata como lidou com um erro no trabalho e o que aprendeu com ele, já está mostrando autorresponsabilidade e resiliência. Testes práticos também entram aqui, como simulações de atendimento ao cliente ou resolução de problemas sob pressão.

Dinâmicas de grupo e análise do comportamento sob pressão    

Em uma dinâmica, o que vale não é só a solução encontrada, mas como ela foi construída em grupo. Quem ouve os colegas, colabora, respeita opiniões e mantém a calma em discussões revela alta inteligência emocional. Situações com tempo curto e tarefas simultâneas testam flexibilidade, foco e equilíbrio emocional.

Ou seja, mais do que avaliar o desempenho, os recrutadores observam a postura, e é isso que faz toda a diferença.

Quais profissões mais exigem competências emocionais?

Embora todas as áreas se beneficiem do domínio emocional, algumas carreiras exigem um nível ainda maior de inteligência emocional, principalmente por lidarem diretamente com pessoas, pressões constantes ou decisões delicadas.

A seguir, veja 10 profissões organizadas da que menos exige à que mais demanda competências emocionais:

  • Designer gráfico: Requer empatia para interpretar demandas subjetivas e lidar com feedbacks.
  • Analista de marketing: Envolve lidar com mudanças de estratégia, pressão por resultados e trabalho em equipe.
  • Professor: Exige paciência, escuta ativa e controle emocional para conduzir diferentes perfis de alunos.
  • Gestor de projetos: Demanda equilíbrio, liderança e boa comunicação em prazos apertados.
  • Profissional de vendas: Lida com rejeição, metas agressivas e construção de confiança com o cliente.
  • Enfermeiro: Exige resiliência, empatia e clareza emocional em contextos sensíveis.
  • Psicólogo: Precisa de autocontrole e escuta genuína para apoiar outros emocionalmente.
  • Advogado: Envolve conflitos, pressão e posicionamento emocional diante de situações críticas.
  • Gestor de pessoas: Liderar equipes exige inteligência emocional constante.
  • Médico: Decisões vitais, empatia com pacientes e controle emocional definem essa profissão.

Como desenvolver competência emocional?

As competências emocionais não surgem do nada, elas são construídas ao longo da vida, com base em experiências e estímulos. Por estarem diretamente ligadas ao comportamento humano, essas habilidades começam a se formar ainda na infância, influenciadas pelo convívio familiar, pela escola e pelas primeiras interações sociais. Situações como dividir brinquedos, lidar com frustrações ou cooperar em grupo já desenvolvem traços de empatia, autocontrole e comunicação.

No ambiente escolar, esse processo continua com trabalhos em equipe, resolução de conflitos e convivência com diferentes perfis. Já no mundo profissional, experiências anteriores, sejam bem-sucedidas ou desafiadoras, também moldam essas competências, especialmente quando há espaço para reflexão e aprendizado.

Mas, afinal, como desenvolvê-las intencionalmente? A primeira dica é praticar o autoconhecimento: entender suas emoções, reações e padrões de comportamento. Isso pode ser feito por meio de terapia, coaching ou até journaling (escrita reflexiva).

Vale lembrar que o autoconhecimento é a base para qualquer desenvolvimento emocional sólido. Ao identificar seus gatilhos, crenças limitantes e padrões de reação, você passa a agir com mais consciência, em vez de apenas reagir aos estímulos. Essa clareza favorece escolhas mais alinhadas com seus valores e fortalece sua capacidade de lidar com desafios emocionais no trabalho de forma construtiva.

Cursos voltados ao desenvolvimento de soft skills, como liderança empática, comunicação assertiva ou inteligência emocional, também são ferramentas eficazes. Também é possível praticar diariamente: ouvir ativamente, pedir feedbacks sinceros, participar de grupos diversos e encarar conflitos com maturidade.

O aprendizado emocional é contínuo. E, como qualquer habilidade, quanto mais praticado, mais forte se torna.

Como saber se você está evoluindo suas soft skills?

Desenvolver competências emocionais é um processo contínuo e nem sempre fácil de medir. Mas, conforme orienta o portal Guia da Carreira, é possível identificar sinais claros de evolução ao observar alguns aspectos-chave do seu comportamento:

  • Reflexão constante: Avalie suas atitudes com sinceridade. Você reage melhor a críticas? Se comunica com mais clareza? Se sente mais confiante em reuniões? Esse tipo de percepção indica progresso.
  • Feedback de terceiros: Converse com colegas ou líderes e peça avaliações honestas sobre sua postura, empatia, trabalho em equipe e capacidade de resolver conflitos. Às vezes, o outro enxerga avanços que você ainda não percebeu.
  • Comportamento no dia a dia: Observe como você age em momentos de pressão, discussões ou decisões importantes. Manter a calma e encontrar soluções equilibradas são sinais claros de inteligência emocional em ação.
  • Resultados práticos: Note os impactos diretos no trabalho: projetos entregues com mais colaboração, reuniões mais produtivas ou conflitos resolvidos com mais facilidade.
  • Busca ativa por aprendizado: Participar de cursos, mentorias ou consumir conteúdos sobre soft skills mostra disposição para crescer e é, por si só, um grande indicativo de evolução.

Sendo assim, as competências emocionais são valorizadas no mercado de trabalho porque servem como subsídios essenciais para a construção de ambientes profissionais mais colaborativos, adaptáveis e saudáveis.

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