Treinamento funcional: como funciona?

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O treinamento funcional tem ganhado cada vez mais destaque no mundo fitness e muitos profissionais da área de educação física e fisioterapia estão buscando oportunidades nesse campo promissor.

Esse tipo de treino envolve força, equilíbrio, coordenação motora e condicionamento físico ao mesmo tempo. Por isso, é considerado tão completo. Acessórios como bolas, faixas elásticas, pesos (o kettlebell) e tiras de náilon ligadas a um gancho e manoplas (o TRX) conferem variedade às atividades, o que torna o treino menos repetitivo e monótono (fonte: Veja), muitas vezes o tipo de exercício que pode conquistar os sedentários.

É importante lembrar que a falta de atividade física atrapalha a saúde das pessoas ao impedir que tenham um estilo de vida saudável. Por exemplo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais sedentário da América Latina e ocupa a quinta posição no ranking mundial. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 47% dos brasileiros são sedentários. Já entre os jovens o número é maior e ainda mais alarmante: 84% (fonte: Assembleia Legislativa de Goiás).

Neste sentido, o treino fundamental pode ser uma forma de se exercitar e, por sua vez, contribuir para a saúde. Para entender mais sobre o tema, no post de hoje vamos compreender mais sobre o treino funcional, seus objetivos, os principais benefícios e como atuar profissionalmente com esta modalidade.

Afinal, o que é um treino funcional?

De início, o treinamento funcional surgiu focado na reabilitação física, para a recuperação de pacientes após uma lesão. Com o tempo, e principalmente na atualidade, ele tornou-se uma atividade física amplamente utilizada em academias e em outros espaços.

O treino funcional, também chamado de treinamento funcional, é um tipo de exercício dinâmico, sendo caracterizado por mesclar diferentes capacidades físicas em um único exercício.

O ideal é que eles utilizem várias articulações, tendo foco nos grupos estabilizadores do quadril, coluna e ombro. Sendo assim, de forma cadenciada, os exercícios funcionais solicitam diversos músculos simultaneamente (fonte: Núcleo Alma).

Os 4 pilares do treino funcional

É importante lembrar que o treino funcional atende aos quatro pilares do movimento humano, que são:

  • Locomover;
  • Mudar de nível;
  • Empurrar e puxar;
  • Rotacionar.

Para isso, o treino funcional engloba uma ampla gama de tarefas, tais como caminhar, correr, saltar, sustentar, empurrar, puxar, girar, subir, descer, escalar, sentar, deitar, segurar e agachar. Ou seja, o trabalho é realizado geralmente na forma de exercícios isolados, mas com variações de velocidade, contração, coordenação e amplitude (fonte: Ativo Saúde).

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Quais são os benefícios do treinamento funcional?

Essa modalidade de treino oferece uma ampla gama de benefícios para pessoas de todas as idades e níveis de condicionamento físico. Os principais benefícios desse tipo de treino são:

  • Força Funcional: Melhora a capacidade de realizar tarefas diárias.
  • Estabilidade e Equilíbrio: Reduz o risco de quedas, especialmente em idosos.
  • Flexibilidade e Mobilidade: Aumenta a amplitude de movimento e previne lesões.
  • Trabalha Múltiplos Grupos Musculares: Eficiente para condicionamento e perda de peso.
  • Adapta-se aos diferentes tipos de indivíduos: Adequado para iniciantes e atletas.
  • Consciência Corporal: Melhora postura e corrige desequilíbrios.
  • Desafio Mental e Físico: Aprimora cognição e coordenação.
  • Variedade de Exercícios: Evita tédio e mantém a motivação.
  • Melhora o Desempenho Esportivo: Beneficia atletas em diferentes modalidades.
  • Prevenção de Lesões: Reforça músculos estabilizadores e técnica de movimento.

Apesar de não ser seu foco principal, o treinamento funcional pode contribuir para a hipertrofia muscular. Exercícios funcionais frequentemente envolvem movimentos compostos que recrutam vários grupos musculares ao mesmo tempo, aumentando a demanda muscular e promovendo crescimento.

Além disso, o treinamento funcional melhora a força funcional e a resistência muscular, que são fundamentais para a hipertrofia. A variação constante de exercícios e a alta intensidade do treinamento funcional criam um ambiente propício para o desenvolvimento muscular, desde que acompanhados de uma nutrição adequada e descanso suficiente.

Dessa forma, embora o objetivo principal do treinamento funcional seja melhorar a funcionalidade e a aptidão geral, ele também pode ser uma ferramenta eficaz para aqueles que buscam aumentar a massa muscular.

Onde se aplica o treinamento funcional?

Como foi visto, o treinamento funcional é bem versátil e pode ser aplicado em uma variedade de ambientes:

  • Academias e Estúdios de Fitness: Oferecem aulas e programas específicos.
  • Treinamento Personalizado: Adaptado às necessidades individuais.
  • Treinamento Esportivo: Aprimora desempenho atlético.
  • Reabilitação Física: Auxilia na recuperação de lesões.
  • Bem-Estar Corporativo: Promove saúde no ambiente de trabalho.
  • Treinamento ao Ar Livre: Aproveita espaços naturais.
  • Treinamento Online: Oferece flexibilidade remotamente.
  • Aulas em Grupo: Motivam e divertem os participantes.
  • Em Casa: Pode ser praticado com equipamento simples.
  • Instituições de Saúde: Usado em tratamentos terapêuticos.

Para quem é indicado o treinamento funcional?

O treinamento funcional é indicado para uma ampla gama de pessoas, desde iniciantes até atletas profissionais, devido à sua versatilidade e capacidade de adaptação a diferentes níveis de condicionamento físico.

Conforme orienta o portal Unimed Rio, essa modalidade é especialmente benéfica para quem busca melhorar a capacidade funcional, ou seja, a habilidade de realizar as atividades cotidianas com mais eficiência e menos esforço.

Para indivíduos sedentários, o treinamento funcional pode ser uma excelente porta de entrada para o mundo do exercício físico, pois suas atividades dinâmicas e variadas ajudam a manter o interesse e a motivação. Já para os idosos, o foco em equilíbrio, flexibilidade e força pode reduzir o risco de quedas e melhorar a qualidade de vida.

Atletas e esportistas também encontram vantagens no treinamento funcional, pois ele melhora a força funcional, a coordenação motora e a resistência, aspectos essenciais para um desempenho esportivo superior. Além disso, pessoas em processo de reabilitação física se beneficiam desse tipo de treino por meio de exercícios específicos que ajudam na recuperação de lesões e na prevenção de novas ocorrências.

Dessa forma, o treinamento funcional é indicado para aqueles que desejam variar suas rotinas de exercícios e evitar a monotonia típica de modalidades mais tradicionais, mantendo o corpo sempre desafiado e em evolução contínua.

Contraindicações do treino funcional

Embora o treinamento funcional seja benéfico para muitos, ele não é adequado para todos.

Pessoas com lesões agudas ou condições médicas graves, como problemas cardíacos não controlados, hipertensão descontrolada, ou problemas articulares severos, devem evitar esse tipo de exercício até obter liberação médica.

Indivíduos com doenças crônicas ou limitações físicas específicas também devem consultar um profissional de saúde antes de iniciar o treinamento funcional. Além disso, sem a orientação adequada, há risco de execução incorreta dos exercícios, o que pode resultar em lesões.

Portanto, é essencial contar com a supervisão de um profissional qualificado para adaptar os exercícios às necessidades individuais e garantir a segurança e eficácia do treino.

Principais exercícios do treinamento funcional

Como já explicado anteriormente, os exercícios do treinamento funcional são conhecidos por sua capacidade de melhorar a força, a flexibilidade, a coordenação e o equilíbrio ao mesmo tempo. Esses exercícios são projetados para imitar os movimentos naturais do corpo humano, tornando-os altamente eficazes e adaptáveis a qualquer nível de condicionamento físico.

Segundo o portal Uol, os principais exercícios do treinamento funcional são:

  • Agachamento: Trabalha os músculos das pernas e glúteos, melhorando a força e a estabilidade do core. É fundamental para movimentos diários como sentar e levantar.
  • Flexão de braço: Fortalece os músculos do peito, ombros, e tríceps, além de melhorar a estabilidade do core. Esse exercício é excelente para desenvolver a parte superior do corpo.
  • Burpee: Um exercício de corpo inteiro que combina agachamento, flexão de braço e salto, aumentando o condicionamento cardiovascular e a força muscular. É conhecido por sua intensidade e capacidade de queimar calorias rapidamente.
  • Prancha: Foca na estabilidade do core, trabalhando abdominais, costas e ombros. É excelente para melhorar a postura e prevenir lesões, além de aumentar a resistência muscular.
  • Avanço: Também conhecido como lunge, fortalece as pernas e glúteos, além de melhorar o equilíbrio e a coordenação. É um exercício fundamental para a estabilidade do corpo.
  • Afundo: Semelhante ao avanço, trabalha principalmente os quadríceps, glúteos e isquiotibiais. É ótimo para aumentar a força e a resistência das pernas.
  • Stiff: Focado nos músculos posteriores das pernas, especialmente os isquiotibiais e glúteos. Melhora a flexibilidade e a força, além de contribuir para uma melhor postura.
  • Pular corda: Excelente exercício cardiovascular que também melhora a coordenação e a agilidade. É uma maneira divertida e eficaz de queimar calorias e aumentar o condicionamento físico.
  • Corrida entre cones ou com cinta elástica: Trabalha a agilidade, a velocidade e a resistência. Este exercício é excelente para melhorar a coordenação e o condicionamento cardiovascular.

Esses exercícios, quando realizados corretamente e sob a orientação de um profissional, proporcionam um treino completo e eficaz, adaptável a diferentes objetivos.

Quem pode aplicar o treinamento funcional?

Apesar de toda a sua versatilidade, o treinamento funcional é uma modalidade de exercício que requer conhecimento e habilidades específicas para ser aplicada de forma eficaz e segura.

Veja alguns profissionais que geralmente aplicam o treinamento funcional:

  • Professores de Educação Física: Profissionais formados em Educação Física são treinados para projetar e conduzir programas de treinamento funcional em academias, escolas e programas esportivos.
  • Fisioterapeutas: Esses profissionais aplicam o treinamento funcional como parte de programas de reabilitação para ajudar na recuperação de lesões e na melhoria da função física.
  • Médicos e Especialistas em Saúde: Em casos específicos, médicos e profissionais de saúde podem recomendar o treinamento funcional como parte de um plano de tratamento para pacientes com condições médicas.

A orientação adequada é fundamental para aproveitar ao máximo os benefícios do treinamento funcional e atingir metas específicas de condicionamento físico e saúde.

Diferenças entre Treinamento Funcional e Musculação

O treinamento funcional e a musculação são duas abordagens distintas para o condicionamento físico, cada uma com suas próprias características e benefícios.

De acordo com o Portal Globo Esporte, o treinamento funcional baseia-se em movimentos naturais do corpo humano, como pular, correr, agachar e empurrar, priorizando padrões de movimento que imitam ações do dia a dia. Os praticantes do treinamento funcional experimentam ganhos notáveis em força, equilíbrio, flexibilidade, condicionamento, resistência e agilidade, uma vez que os exercícios não se limitam a movimentos mecânicos ou eixos isolados, ao contrário da musculação.

Além disso, o uso de acessórios como elásticos, cordas e bolas ajuda a trabalhar a musculatura profunda e previne lesões. A capacidade de combinar diferentes habilidades, como treino aeróbico e de equilíbrio, torna o treinamento funcional altamente versátil e evita a monotonia.

Por outro lado, a musculação é especialmente eficaz para a hipertrofia muscular e para quem busca resultados estéticos visíveis em um curto período de tempo. Ela permite o trabalho isolado e específico de grupos musculares, proporcionando maior controle sobre o desenvolvimento muscular em áreas específicas do corpo.

Além disso, a musculação tem um impacto direto nas atividades cotidianas que requerem força muscular. Um programa regular de musculação, realizado de duas a cinco vezes por semana e combinado com uma dieta adequada, pode resultar em melhor condicionamento físico, aumento da massa muscular e redução do percentual de gordura corporal.

Crossfit e treinamento funcional são a mesma coisa?

Embora o Crossfit e o treinamento funcional compartilhem semelhanças, como o foco em movimentos naturais do corpo e a melhoria da força, agilidade e condicionamento físico, eles não são a mesma coisa.

O Crossfit é uma marca registrada e um programa de treinamento de alta intensidade que combina elementos de levantamento de peso olímpico, ginástica e condicionamento metabólico (fonte: portal O Globo). As aulas de Crossfit são estruturadas e seguem uma programação específica conhecida como WOD (Workout of the Day).

Por outro lado, o treinamento funcional é um conceito mais amplo que engloba exercícios destinados a melhorar a função das atividades diárias. Ele se concentra em movimentos que replicam as tarefas cotidianas e pode ser adaptado a diferentes níveis de habilidade e objetivos, sendo menos intenso e mais personalizado em comparação com o Crossfit.

Enquanto o Crossfit promove competições e tem uma comunidade de atletas, o treinamento funcional é mais voltado para a reabilitação, prevenção de lesões e melhoria da qualidade de vida. Ambos são eficazes, mas a escolha entre eles depende dos objetivos individuais e da preferência pessoal de cada praticante.

Portanto, o treinamento funcional é uma modalidade versátil que oferece benefícios significativos para a saúde e o condicionamento físico. Adaptável a diferentes níveis e objetivos, ele promove a força funcional, a flexibilidade e a prevenção de lesões, podendo também contribuir para a hipertrofia muscular quando bem orientado.

Cursos na área de Educação Física e Fisioterapia

Veja alguns cursos que a UniDomBosco oferece pra você que quer aplicar o treino funcional ou se aperfeiçoar na área de Educação Física ou Fisioterapia:

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