Sintomas de Endometriose: como diagnosticar?

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Você sabe reconhecer os sintomas de endometriose e identificar quando é necessário procurar ajuda? Essa condição ginecológica, embora comum entre mulheres em idade reprodutiva, ainda é subdiagnosticada e frequentemente confundida com outras alterações do ciclo menstrual.

Segundo dados recentes da Agência Gov, os atendimentos relacionados à endometriose na atenção primária do SUS cresceram 76,2% entre 2022 e 2024, um salto de 82.693 para 145.744 casos registrados. Esse aumento expressivo revela, por um lado, o avanço da conscientização e, por outro, a urgência de garantir diagnósticos mais ágeis e acesso qualificado ao tratamento.

No post de hoje, vamos explorar quais são os principais sintomas da endometriose, como é feito o diagnóstico e por que é fundamental entender essa condição desde cedo.

O que é endometriose e por que ela afeta tantas mulheres?

A endometriose é uma doença inflamatória crônica que acontece quando um tecido parecido com o que reveste o útero por dentro começa a crescer fora dele, em outras regiões do corpo. Isso pode ocorrer principalmente na pelve, mas também atingir intestino, bexiga e até outras áreas mais distantes (Fonte: Portal Drauzio Varella).

Esses focos acabam reagindo às alterações hormonais do ciclo menstrual da mesma forma que o útero, o que provoca dor, inchaço e, em muitos casos, aderências entre órgãos.

Apesar de ser bastante associada à cólica intensa, a endometriose é muito mais do que isso. É uma condição complexa, que pode afetar o sistema digestivo, urinário e até a respiração, dependendo da localização das lesões.

Seus impactos não são apenas físicos. A dor frequente e a dificuldade de diagnóstico interferem também na saúde emocional, na vida profissional e na autoestima. Por isso, a endometriose deve ser compreendida como parte central da saúde da mulher e não como um incômodo pontual do período menstrual.

Mesmo com os avanços da medicina, muitas mulheres ainda recebem o diagnóstico tardiamente. Entender a doença, dar atenção aos sintomas e romper o silêncio sobre o tema são passos essenciais para transformar o cuidado e garantir mais qualidade de vida.

Quais são os sintomas de endometriose mais comuns?

Os sinais da endometriose podem variar bastante, o que dificulta o reconhecimento da doença logo no início. Em alguns casos, os sintomas são confundidos com desconfortos normais do ciclo menstrual, o que contribui para atrasos no diagnóstico.

De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, existem manifestações recorrentes da endometriose que merecem atenção especial. Veja as mais comuns:

  • Cólicas intensas: dores fortes, muitas vezes incapacitantes, que podem surgir antes, durante ou após o período menstrual.
  • Dor pélvica crônica: desconforto constante na região inferior do abdômen, mesmo fora do ciclo.
  • Dor durante as relações sexuais: sensação dolorosa em profundidade, que pode interferir na vida íntima e afetiva.
  • Alterações intestinais ou urinárias: episódios de diarreia, constipação, dor ao evacuar ou urinar, especialmente nos dias próximos à menstruação.
  • Fadiga frequente: cansaço contínuo, mesmo após noites bem dormidas, impactando a disposição e o bem-estar geral.
  • Dificuldade para engravidar: a presença da endometriose em órgãos reprodutivos pode comprometer a fertilidade e tornar o processo da maternidade mais desafiador.

É importante destacar que nem toda mulher apresenta todos os sintomas. A intensidade também varia, algumas sentem dores severas com lesões pequenas, enquanto outras podem ter formas mais avançadas da doença com sinais mais discretos.

Observar essas manifestações e buscar ajuda especializada é o primeiro passo para garantir um diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado.

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Como é feito o diagnóstico da endometriose?

O diagnóstico da endometriose costuma ser desafiador. Em muitos casos, a mulher passa anos convivendo com dores e sintomas diversos até receber uma confirmação clínica. Por isso, é fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos e façam uma investigação criteriosa desde os primeiros relatos.

Exames de imagem mais utilizados

Para identificar a presença de focos endometrióticos, alguns exames são especialmente indicados. O mais comum é o ultrassom transvaginal com preparo intestinal, que oferece uma visão detalhada da pelve e ajuda a localizar lesões em órgãos como ovários, útero, intestino e bexiga (Fonte: Portal Cetrus Educa).

Ainda de acordo com o portal Cetrus Educa, outro exame bastante utilizado é a ressonância magnética da pelve, principalmente quando há suspeita de endometriose profunda ou quando o ultrassom não é conclusivo. Trata-se de um método não invasivo, que permite visualizar com clareza a extensão e a localização das lesões.

Esses exames de imagem são aliados importantes no processo diagnóstico, mas precisam ser interpretados por especialistas com experiência na área, pois nem todos os focos são visíveis em exames de rotina.

Avaliação clínica detalhada

Além da imagem, o diagnóstico da endometriose começa com uma escuta qualificada. O relato da paciente é peça-chave. Dores recorrentes, alterações durante o ciclo, impacto na vida íntima e histórico familiar devem ser considerados com seriedade.

Durante a consulta, o profissional de saúde faz perguntas detalhadas sobre os sintomas, a frequência, os padrões de dor e as situações em que eles ocorrem. Esse olhar atento ajuda a direcionar os exames necessários e a evitar que o quadro seja confundido com outras condições ginecológicas.

Em alguns casos, a avaliação física pode indicar alterações que reforçam a suspeita clínica. No entanto, o diagnóstico definitivo nem sempre é imediato e exige paciência, persistência e acolhimento.

Por que o diagnóstico ainda é tão demorado?

Um dos principais entraves para o diagnóstico da endometriose é o tempo que leva até a confirmação da doença.

Muitas mulheres convivem com dores intensas por anos, acreditando que isso faz parte do “normal” do ciclo menstrual. A naturalização da dor, somada à falta de protocolos bem definidos e à dificuldade de acesso a exames especializados, contribui para esse cenário de demora.

Além disso, ainda há carência de capacitação entre profissionais da saúde para identificar os sinais precoces e encaminhar corretamente os casos suspeitos. Sem uma escuta qualificada e acolhedora, os sintomas continuam sendo subestimados, o que compromete o cuidado e agrava o quadro ao longo do tempo, destaca a revista Veja Saúde.

Diagnóstico precoce: como ele muda a vida de quem convive com endometriose

Receber o diagnóstico de endometriose nos estágios iniciais faz toda a diferença. Quanto antes a doença é identificada, maiores são as chances de controle dos sintomas, preservação da fertilidade e melhoria na qualidade de vida.

De acordo com a Associação Beneficente Síria – Hospital do Coração (HCor), entre os principais benefícios do diagnóstico precoce da endometriose, destacam-se:

  • Redução das dores e desconfortos recorrentes;
  • Prevenção da progressão das lesões;
  • Preservação da função reprodutiva;
  • Menor impacto emocional e psicológico;
  • Maior efetividade das estratégias terapêuticas.

Com um acompanhamento bem direcionado, é possível adotar cuidados personalizados e integrados. Acompanhamento psicológico, ginecológico e a execução da fisioterapia pélvica formam uma rede de suporte que contribui para o alívio das dores, melhora da funcionalidade pélvica e maior conforto na rotina.

Esse cuidado contínuo permite que a mulher se sinta acolhida, compreendida e mais segura em relação ao próprio corpo. Quando o tratamento é iniciado no tempo certo, a jornada com a endometriose se torna menos dolorosa e mais equilibrada.

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