Você sabe o que é inflação?

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Imagine abrir sua carteira e descobrir que o dinheiro que você tem vale menos do que ontem. Este é o efeito invisível, mas poderoso, da inflação – um fenômeno que silenciosamente dilui o valor do seu suado dinheiro. 

Inflação é o aumento generalizado dos preços de bens e serviços em uma economia. Quando o nível geral de preços aumenta, cada unidade de moeda compra menos bens e serviços; consequentemente, a inflação corresponde a uma redução do poder de compra do dinheiro. 

De acordo com o IBGE, a inflação total entre 2018 e 2022, somando as taxas anuais de IPCA para cada um desses anos, foi de 28,43%. ​

Mas o que realmente impulsiona esse aumento persistente dos preços que afeta tudo, desde o café da manhã até o custo de uma casa?

Quais são as causas da inflação?

A inflação pode ser impulsionada por diversas razões, categorizadas em quatro principais grupos: 

  • Aumento na demanda;  
  • Elevação nos custos de produção;  
  • Inércia inflacionária e expectativas de inflação;
  • Aumento na emissão de moeda. 

Esses fatores podem manifestar-se tanto a curto prazo quanto a longo prazo, com efeitos contínuos ao longo de meses ou até anos. É raro que a inflação seja atribuída a uma única causa, geralmente resultando de uma combinação de fatores (fonte: Infomoney).

Aumento na demanda

Quando a demanda por bens e serviços aumenta mais rápido do que a oferta, os preços tendem a subir. Isso pode acontecer, por exemplo, quando a população cresce ou quando há um aumento da renda disponível. 

Quando há muitas pessoas querendo comprar um carro novo, por exemplo, a tendência é que o preço do produto aumente. Essa situação pode se repetir quando existe muita disponibilidade de crédito na praça, porque quando as pessoas têm maior poder de compra, podem consumir mais e, assim, aumentar a demanda (fonte: Infomoney).

Aumento nos custos da produção

Esse tipo de aumento ocorre nos casos em que um insumo aumenta o seu preço. Quando isso acontece, o produto final também terá o seu valor alterado.

Isso pode gerar inflação porque o produtor, ao ver os custos maiores para fabricar seu produto, muitas vezes escolhe diminuir a produção para ter menos gastos, e menos desse produto em circulação pode não ser o suficiente para suprir a demanda existente (fonte: Politize)

Inércia inflacionária e expectativa de inflação

Isso ocorre quando a inflação passada gera uma expectativa de inflação futura. Assim, uma inflação anterior elevada ou a expectativa de que ela volte a aumentar vai gerar um processo contínuo de inflação. Os comerciantes, por exemplo, podem elevar o preço dos produtos para se “adiantarem” caso os preços voltem a subir (fonte: Politize).

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Aumento de emissão de moeda

O aumento de emissão de moeda é uma das principais causas da inflação. Quando o governo ou o Banco Central emite mais moeda, a oferta de dinheiro na economia aumenta. Com mais dinheiro em circulação, as pessoas têm mais poder de compra e, consequentemente, demandam mais bens e serviços. Se a oferta desses bens e serviços não aumentar na mesma proporção, os preços tendem a subir.

Quando a inflação é um problema?

De acordo com o portal Politize, a inflação se torna problemática quando sua taxa de aumento ultrapassa a capacidade de absorção da economia. Em países em desenvolvimento, algum nível de inflação é comum e, em certa medida, esperado, podendo impulsionar a economia à medida que o poder de compra aumenta. No entanto, o problema surge quando a inflação distorce os preços, superando o aumento do poder de compra da moeda.

Para aqueles que dependem de salários e precisam gastá-los imediatamente, a inflação impacta mais intensamente, impedindo investimentos para preservar o valor do dinheiro. Isso prejudica especialmente a parcela da população de baixa renda. 

Além disso, a inflação contribui para o desemprego, pois os investimentos no setor produtivo diminuem, resultando em cortes de gastos e uma falta de criação de novos empregos.

Quais são as principais consequências da inflação?

Como já vimos, a inflação é o aumento generalizado dos preços de bens e serviços em uma economia. Quando o nível geral de preços aumenta, cada unidade de moeda compra menos bens e serviços. Consequentemente, a inflação corresponde a uma redução do poder de compra do dinheiro. A inflação tem diversos impactos negativos na economia, como:

  • Redução do poder de compra: a inflação reduz o poder de compra das pessoas, pois elas precisam gastar mais dinheiro para comprar a mesma quantidade de bens e serviços. Isso significa que as pessoas têm menos dinheiro para investir, poupar ou consumir.
  • Desvalorização da moeda: a inflação desvaloriza a moeda, pois cada unidade de moeda compra menos bens e serviços. Isso significa que os produtos importados ficam mais caros e os investimentos no exterior se tornam menos atraentes.
  • Instabilidade econômica: a inflação pode levar à instabilidade econômica, pois pode dificultar a tomada de decisões de investimentos e de consumo. Isso pode levar a uma redução da produção e do emprego.

Como é feito o seu controle?

O controle da inflação é uma meta prioritária do Banco Central do Brasil e de muitos países, sendo frequentemente realizado por meio de políticas monetárias. No entanto, o governo e o Banco Central enfrentam desafios para exercer controle absoluto sobre a inflação, especialmente quando fatores externos, como variações na cotação do dólar, impactam os custos de produção em setores específicos.

A Política Monetária é uma ferramenta chave para controlar a inflação de demanda. Em momentos de excesso de demanda, o Banco Central pode adotar medidas restritivas, como o aumento da taxa básica de juros, desestimulando o consumo e equilibrando a demanda na economia. 

Além disso, o governo pode intervir diretamente em setores controlados, como energia e combustíveis, para evitar aumentos significativos de preços. O ajuste de taxas de juros também é uma estratégia eficaz, pois torna o crédito mais caro, desencorajando o consumo e o investimento, embora isso possa afetar o crescimento econômico e exigir uma cuidadosa consideração por parte do Banco Central (fonte: Suno).

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