Os conectivos para redação são ferramentas da linguagem que servem para estabelecer ligações lógicas entre frases, orações e parágrafos. Eles ajudam o texto a “conversar com ele mesmo”, dando fluidez às ideias e facilitando a compreensão do leitor. Usar conectivos corretamente é uma habilidade essencial para quem busca uma redação clara, coerente e bem estruturada.
Essa competência é ainda mais importante em provas do Enem, que avalia milhões de estudantes todos os anos. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o Enem 2025 registrou quase 4,3 milhões de inscritos.
Entre todas as etapas do exame, a redação dissertativa-argumentativa continua sendo uma das mais decisivas, tanto para a nota final quanto para a conquista de bolsas e vagas em universidades públicas e privadas.
Por isso, dominar os conectivos para redação pode ser o diferencial entre uma boa nota e uma classificação de destaque.
Para compreendermos mais sobre o tema, no texto de hoje vamos explicar o que são conectivos para redação, quais são suas funções, como usá-los corretamente e quais erros devem ser evitados. Além disso, você vai conferir dicas práticas e exemplos úteis para aprimorar sua escrita.
O que são os conectivos para redação?
Conforme orienta o portal Brasil Escola, os conectivos são palavras ou expressões que servem para ligar partes de um texto, como frases, orações e parágrafos, criando uma sequência lógica entre as ideias apresentadas.
Eles pertencem à classe das conjunções ou locuções conjuntivas da língua portuguesa e são fundamentais para garantir coesão textual, ou seja, a ligação entre os elementos do texto de forma clara e organizada.
Os conectivos não apenas unem frases, mas também indicam relações de sentido, como adição, oposição, causa, consequência, conclusão, comparação e explicação.
Com o uso adequado dessas palavras, o texto ganha fluidez, evitando repetições e garantindo que o leitor compreenda o raciocínio do autor com mais facilidade.
Qual a função dos conectivos para redação?
Como já mencionado brevemente, a principal função dos conectivos em uma redação é garantir a clareza e continuidade do texto. Eles organizam a progressão das ideias e ajudam o leitor a acompanhar o desenvolvimento do argumento ou da narrativa sem se perder.
Além disso, os conectivos para redação contribuem para que o texto fique coerente, isto é, que as ideias apresentadas façam sentido em conjunto, mantendo uma lógica interna.
Sem conectivos, um texto pode parecer fragmentado, confuso ou mal estruturado, o que compromete a compreensão e prejudica a avaliação em vestibulares.
Portanto, entender a função dos conectivos para redação é essencial para produzir uma redação bem construída e com alto potencial de pontuação.
Por que os conectivos são cobrados no Enem e vestibulares?
Os conectivos para redação são avaliados porque fazem parte de uma das competências mais importantes da escrita: a coesão textual.
No Enem, por exemplo, eles estão diretamente ligados à Competência 4 da Matriz de Referência, que avalia a capacidade do candidato de articular as partes do texto de forma coesa, garantindo fluidez e encadeamento lógico das ideias.
As bancas examinadoras observam se o candidato consegue construir um texto que não dependa apenas de pontuação ou repetições para ligar frases e parágrafos.
O uso adequado de conectivos demonstra domínio da norma culta da língua, clareza no raciocínio e habilidade de argumentação, aspectos valorizados em qualquer redação dissertativa-argumentativa.
Erros comuns cometidos pelos candidatos
Ao usar conectivos, muitos candidatos cometem falhas que prejudicam a coesão textual. Os principais erros são:
- Uso repetitivo de um mesmo conectivo (exemplo: “além disso” em todos os parágrafos);
- Falta de conectivos entre parágrafos, deixando o texto com “saltos” de ideias;
- Uso de conectivos inadequados ou fora de contexto;
- Mistura de conectivos contraditórios em um mesmo argumento.
Evitar esses erros é essencial para alcançar uma boa nota na redação.
Tipos de conectivos para redação e quando usar cada um
Para que uma redação tenha fluidez e lógica, é essencial conhecer os principais tipos de conectivos para redação e saber quando usá-los. A seguir, veja os conectivos mais utilizados em redações (fonte: portal Quero Bolsa):
Conectivos de adição
Esses conectivos servem para acrescentar informações a uma ideia já apresentada. São ideais para ampliar argumentos e dar continuidade ao raciocínio. Principais conectivos:
- Além disso;
- Também;
- Bem como.
Exemplo: “A educação deve ser prioridade. Além disso, é essencial investir na valorização dos professores.”
Conectivos de causa e consequência
Estabelecem uma relação de causa, motivo ou resultado entre duas ideias. São muito usados para argumentar de forma lógica. Confira:
- Porque;
- Portanto;
- Por isso.
Exemplo: “A falta de saneamento básico é um problema grave. Por isso, muitas doenças se espalham nas periferias.”
Conectivos de oposição ou contraste
São utilizados para apresentar ideias contrárias ou diferentes da anterior, destacando a diversidade de pontos de vista. Veja:
- No entanto;
- Apesar disso;
- Por outro lado.
Exemplo: “O acesso à internet aumentou. No entanto, ainda existem regiões sem cobertura adequada.”
Conectivos de explicação e exemplificação
Ajudam a esclarecer uma ideia ou fornecer exemplos que reforcem o argumento. São eles:
- Ou seja;
- Isto é;
- Por exemplo.
Exemplo: “O racismo estrutural afeta diversas esferas da sociedade. Por exemplo, no mercado de trabalho e na educação.”
Conectivos de conclusão
São usados para encerrar o raciocínio e apresentar uma síntese ou uma ideia final. Principais conectivos de conclusão:
- Em conclusão;
- Portanto;
- Em resumo.
Exemplo: “Em resumo, investir em políticas públicas é essencial para reduzir as desigualdades sociais.”

Como evitar o uso repetitivo de conectivos
Evitar a repetição excessiva dos mesmos conectivos para redação é essencial para manter a escrita fluida e demonstrar um bom repertório linguístico.
Em vez de repetir “além disso” a cada novo argumento, é possível usar outras expressões com o mesmo valor aditivo. Por exemplo: “Outro ponto que merece atenção é a falta de investimento em saúde básica.”
Já no lugar de “portanto”, que costuma aparecer com frequência nas conclusões, pode-se usar: “Dessa forma, percebe-se a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes.”
Quando o aluno quer apresentar um contraste, em vez de repetir “no entanto”, ele pode optar por: “Ainda assim, parte da população continua sem acesso aos serviços básicos.”
E para exemplificar uma ideia, ao invés de sempre usar “por exemplo”, vale variar com: “Como é o caso de comunidades que não contam com saneamento adequado.”
Essas variedades enriquecem o texto e contribuem para uma redação mais coesa e sofisticada.
Dicas para treinar o uso de conectivos na prática
Dominar os conectivos para redação vai além de decorar listas prontas: é preciso entender como e quando usá-los em diferentes contextos. E, como qualquer outra habilidade de escrita, isso exige prática constante.
A boa notícia é que existem formas simples e eficazes de treinar esse uso no dia a dia, mesmo fora da sala de aula ou dos simulados.
Confira duas estratégias que ajudam a desenvolver a fluidez no uso dos conectivos para redação e a melhorar a coesão textual:
- Reescrita de parágrafos: Pegue textos simples, como notícias ou pequenos trechos de apostilas, e retire os conectivos. Depois, tente reescrever os parágrafos inserindo conectivos apropriados, respeitando a relação entre as ideias. Essa técnica ajuda a entender na prática quais conectivos se encaixam melhor em cada situação.
- Leitura de redações nota 1000: Analise textos que obtiveram pontuação máxima no Enem ou em vestibulares. Observe com atenção como os conectivos foram usados em cada parte da estrutura (introdução, desenvolvimento e conclusão) e tente aplicar padrões semelhantes na sua própria produção.
Outras dicas para melhorar sua escrita na redação
Além do uso adequado dos conectivos para redação, existem outras estratégias fundamentais para aprimorar a qualidade do seu texto.
Uma delas é a leitura constante, que amplia o vocabulário, inspira ideias e ajuda a reconhecer diferentes estilos de escrita. Também é importante planejar bem a estrutura da redação, definindo com clareza a tese, os argumentos e a conclusão antes de começar a escrever.
Outra dica valiosa é evitar repetições, buscando sinônimos e variações linguísticas que tornem o texto mais rico e interessante. A revisão final também faz toda a diferença: ela permite corrigir erros de ortografia, pontuação e coerência que podem passar despercebidos na primeira versão.
Por fim, treine com temas variados e peça feedback sempre que possível, a prática contínua é o caminho mais seguro para alcançar uma redação clara, objetiva e de alto nível.
Conectivos para redação dissertativa-argumentativa
As redações dissertativas-argumentativas, como as cobradas no Enem e em vestibulares, seguem uma estrutura clara: introdução, desenvolvimento e conclusão. Usar conectivos para redação adequados em cada parte do texto é essencial para garantir uma boa nota no exame.
Vamos supor que o tema da redação seja “Os impactos das redes sociais na saúde mental dos jovens”. Na introdução, você pode começar com: “Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que o uso excessivo das redes sociais tem se tornado uma preocupação crescente na sociedade contemporânea.” Aqui, conectivos como “em primeiro lugar”, “antes de tudo” ou “de início” ajudam a apresentar o tema de forma organizada.
No desenvolvimento, conectivos como “além disso”, “por outro lado” ou “consequentemente” mantêm a fluidez dos argumentos. Exemplo: “Além disso, estudos apontam uma correlação entre tempo de tela e quadros de ansiedade entre adolescentes.”
Por fim, na conclusão, é possível usar “em resumo” ou “portanto”. Exemplo: “Portanto, é fundamental promover o uso consciente das redes, aliando tecnologia e bem-estar emocional.”
Conectivos que devem ser evitados na redação
Embora os conectivos para redação sejam fundamentais para a coesão textual, é importante saber que nem todos são apropriados para textos formais, como os exigidos em vestibulares e no Enem. Conectivos informais ou ambíguos podem prejudicar a clareza e a credibilidade do seu texto.
Palavras como “daí”, “aí” ou “tipo assim” devem ser evitadas, pois pertencem à linguagem coloquial e não se adequam à norma culta. Em vez de “daí que”, prefira “por isso” ou “em razão disso”.
O uso excessivo de “e” no início das frases também pode enfraquecer a argumentação. Substitua por “além disso”, “também” ou “adicionalmente”.
Outro erro comum é empregar conectivos fora de contexto, como “embora” seguido de uma ideia afirmativa, o que causa confusão na leitura.
Usar os conectivos certos transmite organização, domínio da linguagem e contribui para uma redação mais madura e bem avaliada.
Dessa forma, podemos afirmar que os conectivos para redação são estratégias indispensáveis para quem almeja se comunicar de forma mais clara, coerente e eficaz, seja em redações para vestibulares, no Enem ou em textos acadêmicos ao longo da vida profissional.
Dominar o uso dessas ferramentas é mais do que uma exigência escolar, é um diferencial na construção de argumentos sólidos e bem organizados.
Não deixe de praticar, revisar e expandir seu repertório de conectivos: isso pode ser o que falta para transformar sua redação em destaque.
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