Você sabe como funciona a escala 6×1 e quais são os direitos garantidos ao trabalhador nesse modelo?
De acordo com o portal Consultor Jurídico, esse tipo de jornada está previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no qual o empregado trabalha por seis dias consecutivos e tem direito a um dia de descanso. Esse regime é comum em setores que exigem operação contínua, como comércio, indústria e serviços essenciais.
De acordo com o artigo 67 da CLT, é assegurado ao trabalhador um descanso semanal remunerado de 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos. Além disso, a jornada diária não deve ultrapassar 8 horas, totalizando no máximo 44 horas semanais, conforme o artigo 58 da mesma legislação.
Recentemente, propostas de emenda à Constituição (PECs) têm sido discutidas no Congresso Nacional visando a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1. Segundo a Câmara dos Deputados, uma dessas propostas sugere a adoção de uma jornada de quatro dias de trabalho por semana, totalizando 36 horas semanais, sem redução salarial.
Por isso, no post de hoje, vamos entender o que é a escala 6×1, como ela funciona segundo a CLT, quais são os principais direitos dos trabalhadores nesse regime e quais outros modelos de jornada são permitidos pela legislação.
Os principais desafios da escala 6×1 dentro das empresas
A aplicação da escala 6×1, que prevê seis dias consecutivos de trabalho seguidos por um dia de descanso, apresenta desafios significativos para as empresas brasileiras.
Setores como comércio, serviços e indústria, que operam de forma contínua, enfrentam dificuldades na gestão eficiente dessa jornada. De acordo com a CNN Brasil, a manutenção da escala atual pode comprometer o desempenho das equipes e impactar negativamente a produtividade das organizações.
Já por outro lado, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) indica que a substituição da escala 6×1 por uma jornada reduzida teria impacto direto no Produto Interno Bruto (PIB), podendo gerar uma retração de até 16%, conforme destaca o jornal O Globo.
Essa realidade exige atenção não apenas à legislação, mas também à forma como o regime de trabalho é aplicado no dia a dia. Uma gestão inadequada da jornada pode gerar sobrecarga, rotatividade e queda de produtividade, aspectos que comprometem tanto os resultados da empresa quanto o bem-estar dos profissionais.
Quais são os outros modelos de jornada previstos na legislação?
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece a jornada padrão de 8 horas diárias e 44 horas semanais. No entanto, a legislação permite diferentes modelos de jornada, desde que respeitados os limites legais e acordos coletivos, destaca a revista Exame.
Aqui estão alguns dos regimes de trabalho mais adotados no Brasil atualmente:
Jornada 12×36
Prevista no artigo 59-A da CLT, essa jornada permite 12 horas de trabalho seguidas por 36 horas de descanso. É comum em setores que exigem operação contínua, como saúde e segurança. A adoção desse modelo requer acordo individual escrito entre empregador e empregado.
Jornada parcial
A jornada de tempo parcial é caracterizada por uma carga horária reduzida, podendo ser de até 30 horas semanais sem possibilidade de horas extras, ou até 26 horas semanais com até 6 horas extras. Essa modalidade é regulamentada pelo artigo 58-A da CLT.
Turnos ininterruptos de revezamento
Empresas que operam 24 horas por dia podem adotar turnos ininterruptos de revezamento, com jornadas de até 6 horas diárias, conforme o artigo 7º, inciso XIV, da Constituição Federal. Esse modelo visa preservar a saúde dos trabalhadores em atividades contínuas.
Banco de horas
O banco de horas permite a compensação de horas extras por folgas, desde que haja acordo individual ou coletivo. Essa prática deve respeitar o limite de 10 horas diárias e ser compensada no prazo máximo de seis meses, conforme o artigo 59 da CLT.
A escolha do modelo de jornada deve considerar as necessidades da empresa e o bem-estar dos colaboradores, sempre em conformidade com a legislação vigente.

Por que compreender as escalas de trabalho é essencial para o ambiente corporativo?
A forma como a jornada de trabalho é estruturada influencia diretamente o desempenho das equipes, o bem-estar dos colaboradores e a cultura organizacional da empresa. Muito além do controle de ponto, a gestão eficiente das escalas promove equilíbrio, previsibilidade e contribui para a construção de um ambiente profissional mais saudável.
Quando as escalas não são planejadas com clareza, é comum que surjam conflitos internos, sobrecarga de atividades em alguns setores e dificuldades na gestão das equipes. Isso compromete não apenas a produtividade, mas também o clima organizacional e a imagem da empresa diante do mercado.
Além disso, convenções coletivas e acordos trabalhistas exigem atenção técnica para garantir que a jornada esteja em conformidade com o que determina a legislação vigente. A correta aplicação das escalas também evita erros operacionais e colabora para o cumprimento das diretrizes institucionais.
Nesse contexto, profissionais com formação em áreas estratégicas, como as graduações tecnológicas, estão cada vez mais preparados para compreender os impactos dessas decisões e aplicar soluções eficazes no cotidiano corporativo.
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