Pare e pense quantas vezes, no último mês, você escutou alguém contar sobre golpes? Ou quantas vezes, nesse último ano, você mesmo foi vítima?
Certamente é uma quantidade de vezes muito maior do que qualquer pessoa gostaria de ouvir ou contar.
Isso porque, infelizmente, os golpes dos mais variados tipos são infinitamente mais comuns do que se imagina. E do que deveriam, obviamente, pois o fato é que eles nem deveriam existir.
A lista dos principais golpes seria infinita e nem caberia neste artigo.
Golpes relacionados a cartões de bancos, às redes sociais, a aplicativos, realizados tanto de forma presencial quanto online, fazem com que o número de boletins de ocorrência cresça a cada dia. Ainda que muitas das vítimas sequer façam um BO.
Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP) no Estado do Rio, em 2021 foram registrados 71.145 boletins de ocorrências de crimes de estelionato. Esse número foi superado em 2022. De janeiro a julho, houve 72.457 registros. Se comparado com o mesmo período de 2021, o número impressiona ainda mais: 34.994 casos, um aumento de 107%.
E os números não são diferentes no restante do país e crescem absurdamente a cada ano.
Mas como se proteger dos golpes?
Lamentavelmente, os golpistas estão cada vez mais habilidosos e mudam os tipos de golpes e de vítimas com frequência, dificultando, assim, serem pegos e não alcançarem seus objetivos.
A principal indicação dos especialistas tem relação com a atenção. A correria do dia-a-dia faz com que a grande maioria acabe sendo vítima de golpes, pois olhares atentos fariam diferença.
Um bom exemplo é de um golpe que se tornou comum nesse último ano e tem trazido muito prejuízo para as vítimas, que é o da troca de cartão. O golpista observa a vítima inserindo a senha na máquina, mas não finaliza a transação dizendo haver erro; na próxima tentativa, ele pega o cartão para ajudar e, ao processar a transação, troca o cartão da vítima por um igual e, imediatamente, faz uso do cartão da vítima. São transações normalmente de débito, usando o cartão físico e a senha da vítima, o que faz com que seja mais difícil dela reivindicar o reembolso no seu banco. Na maior parte das vezes, isso ocorre em locais muito cheios, onde a vítima está desatenta e ficará durante algum tempo, fazendo com que demore a perceber a situação e bloquear o cartão.
Outra dica importante é utilizar todos os recursos que os bancos possuem de segurança. Cartões online, mensagens recebidas no celular quando compras são efetivadas, limites para aproximação, digital para acesso e outros. Quanto mais for possível se proteger, mais dificuldade os golpistas terão e mais facilidades de controle e de resolver a situação de forma rápida os usuários terão.
Essa dica vale também para os perfis em redes sociais e aplicativos. Siga as dicas de segurança dadas por eles e faça todas as autenticações que são pedidas. Muitos golpes ocorrem por meio de perfis nesses locais. Desde golpes de extorsão até de sequestros, iniciados em aplicativos de relacionamentos, de acordo com os especialistas.
Os golpes de ligações telefônicas também são comuns e, atualmente, até para famílias de pessoas hospitalizadas os golpistas ligam. A indicação é sempre não aceitar de imediato o que está sendo pedido (não faça PIX, não passe nenhum tipo de dado) e, apesar do nervosismo gerado, buscar informações reais. Ligar para o parente que o golpista diz estar sequestrado, ir até o hospital para averiguar a situação, enfim ter calma e avaliar de forma racional o que foi dito na ligação.
Todo o cuidado é pouco e a atenção precisa ser redobrada. Por mais que essas situações nos coloquem como “reféns” de golpistas, no final a prevenção é o melhor caminho.
Pois, infelizmente, na maioria dos casos os prejudicados são somente as vítimas.
Conte nos comentários se você já foi vítima de golpes e como faz para se proteger. E para se manter sempre atualizado, continue acompanhando o blog e as redes sociais do UniDomBosco.