Esse movimento iniciou-se com força nas redes sociais, impulsionado, principalmente, pelos jovens americanos com o termo “Quiet quitting” que, para o Brasil, foi traduzido como demissão silenciosa.
Essa iniciativa tem muita relação com a chegada das novas gerações no mercado de trabalho e com a forma como elas enxergam essa situação. Aliado a isso, temos os altos índices de doenças relacionadas à saúde mental, o que fez com que essa reflexão sobre a separação entre o trabalho e a vida pessoal tomasse grandes proporções, em todas as gerações.
A demissão silenciosa difere das ondas de demissão voluntária que vivemos nos últimos tempos em muitos países, inclusive no Brasil. Isso porque o objetivo dela não é, na verdade, a demissão e, sim, fazer o mínimo necessário para manter sua posição de trabalho, mantendo a qualidade de vida pessoal.
Essa é a ideia central desse movimento. Contudo, na prática, principalmente do mercado de trabalho como ele se apresenta atualmente, os empregos podem correr riscos.
Qual a situação atual?
Vivemos em um momento, após a pandemia do covid-19, no qual as pessoas perceberam que é possível, de muitas formas, conciliar e equilibrar a vida profissional e pessoal.
O que se vivia antes da pandemia era as pessoas trabalhando muitas horas por dia, gastando muito tempo em deslocamentos e tendo muito pouco de suas vidas pessoais. Quando o Home Office surgiu como uma necessidade, depois do estranhamento, a maioria das pessoas conseguiu perceber possibilidades que antes não eram vislumbradas.
Além da questão geracional que já foi citada anteriormente, a vivência profissional durante a pandemia trouxe, para muitas pessoas, essa nova realidade.
Entretanto, com o fim dela, muitas empresas voltaram aos seus esquemas tradicionais de trabalho, fazendo com que pessoas que não se encaixam mais nesse modelo tenham, mesmo assim, que voltar a ele.
Diante desses dois cenários, esse movimento da demissão silenciosa acaba tomando forma e força.
Quais as reflexões diante da demissão silenciosa?
O objetivo deste artigo é trazer informações sobre o tema e não, necessariamente, ainda mais por ser um movimento tão precoce, trazer dados e opiniões validades. Exatamente porque, aliás, eles ainda não existem.
O que temos visto são profissionais entendendo que essa forma de atuar no mercado de trabalho é válida e, em contrapartida, vemos as empresas tentando entender e se adaptar a essa forma de atuação.
Na prática, como já dito, no mundo onde ainda o mercado de trabalho é voraz, a possibilidade de que os profissionais que aderirem à prática da demissão silenciosa sejam, de fato, demitidos, existe. Porém, também temos visto muitas empresas pensando em transformações internas e de mentalidade, principalmente para se adequar. Não só a esse movimento, mas a essas mudanças todas que o mercado profissional e o mundo têm trazido.
Mais importante do que julgar a forma como cada um, cada profissional e cada empresa tem atuado nesses novos formatos, é buscar entender as mudanças e se adequar a elas da forma que mais faça sentido
As mudanças são claras e nítidas. O mercado de trabalho está passando por transformações significativas e não enxergar essas transformações é o que vai comprometer os resultados, tanto dos profissionais, quanto das empresas.
Seja você um profissional que está ingressando no mercado de trabalho, ou que já está atuando há muito tempo, todos devem avaliar e tentar compreender todas essas transformações para se encaixar no mercado de forma assertiva.
Os especialistas, principalmente das áreas de recursos humanos, se preocupam com a forma como essa ideia é difundida. O receio é que os profissionais que estão, de fato, se preocupando em separar a vida pessoal da vida profissional, buscando uma maior qualidade de vida, acabam se misturando e sendo confundidos com profissionais que querem somente apresentar um trabalho mediano, meio que o famoso “empurrando com a barriga”, para ou se manter numa posição ou, até mesmo, buscando a demissão.
Como já dissemos, é um momento importante de mudanças e transformações e, por isso, é preciso muita atenção e cuidado, de ambos os lados.
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