Vamos falar sobre a onda de demissões voluntárias no Brasil

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Estamos vivenciando uma onda de demissões voluntárias.

“Brasil registrou recorde de 29.488 pedidos de demissão por dia em fevereiro, aponta levantamento”

Essa é somente uma das muitas manchetes e reportagens sobre o assunto nos últimos meses e, obviamente, emite um sinal de alerta.

Mas qual seria esse sinal de alerta? O que tem levado os profissionais a tomarem a decisão de sair de seus empregos? E por que agora? E como isso reflete no mercado de trabalho?

Vamos pensar sobre…

Por ser um fenômeno recente, e importante ressaltar que não só no Brasil, não existem ainda estudos sobre o assunto, porém alguns dados e impressões já foram coletados e opiniões divulgadas.

Um primeiro ponto tem relação com os empregos conquistados na pandemia e que, em muitos casos, não eram relacionados à formação do profissional, ou às suas aspirações, mas que resolviam a necessidade de um emprego em um momento de crise. Essas demissões agora, após o auge da pandemia e com a vida se normalizando, são consideradas esperadas.

O segundo ponto, e esse é de maior análise e possivelmente o que traz e trará maior reflexo, tem relação também com a pandemia, mas não como o ponto um. A pandemia trouxe muitas reflexões pessoais e com isso muitos profissionais passaram a questionar seu envolvimento com o trabalho, suas ambições pessoais x ambições profissionais, o tempo dedicado ao trabalho x o tempo dedicado à vida pessoal. Enfim, viver um momento pandêmico, que trouxe para muitos a experiência da morte de perto, trouxe reflexões que certamente expandem o lado pessoal e refletem na vida profissional.

Aliado a isso, o home office proporcionou, para muitos, vivências nunca antes tidas e a possibilidade de equilibrar de uma forma mais saudável a vida profissional e pessoal e fez com que muitos não queiram e não se adequem mais ao trabalho como era antes.

Muito se tem ouvido falar sobre propósito e a experiência da pandemia trouxe para muitos essa luz sobre o que estavam fazendo da vida, ou como estavam usando suas habilidades. Com isso, muitos profissionais estão deixando seus trabalhos, e não somente cargos de chefia ou com altos salários, para viverem uma vida mais condizente com o que acreditam.

O pós-pandemia e os efeitos dela ainda serão certamente alvo de muitos estudos e pesquisas, porém hoje podemos já enxergar algumas coisas como essas que citamos.

E, diante disso, algumas luzes se acendem, como já falamos, e uma delas com certeza é a de que as empresas que não estão atentas a essas mudanças de perspectiva dos profissionais precisam parar e pensar sobre o tema.

Sabemos que nem todos os serviços funcionam home-office, nem que todos os profissionais se adequam a isso e que as mudanças trazidas com a pandemia são muito maiores do que somente as relacionadas à mão de obra, e que os desafios são muitos. Porém, é preciso pensar que propósito e qualidade de vida são reflexões importantes trazidas desse momento e, provavelmente, farão parte dos questionamentos ainda durante um bom tempo.

Você, estudante ou profissional ou empreendedor, o que essa manchete e esse assunto trazem de reflexão para você?

Conte nos comentários e vamos juntos acompanhando os muitos desdobramentos desse novo tempo em que vivemos.

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