Temas em alta no Ensino Superior

Karina Franchini

Gostaria de aproveitar o começo do segundo semestre para refletir sobre três temas em alta no universo do ensino superior: 1) Diversidade e Inclusão; 2) Inteligência Artificial; 3) O papel de outras tecnologias nas faculdades e universidades.

Diversidade e Inclusão

Um assunto que está no centro de nossa missão no ensino superior, como um instrumento de melhorias sociais, diz respeito à diversidade e à inclusão. Como líderes do meio acadêmico, devemos entender que esses princípios não são apenas palavras vazias, mas valores essenciais que moldam o presente e o futuro de nossas instituições e das pessoas que passam por elas.

O ensino superior desempenha um papel fundamental na formação de profissionais, na lapidação de talentos para o mercado de trabalho, mas, sobretudo, no desenvolvimento de cidadãos do planeta. Para cumprir plenamente o objetivo, portanto, devemos criar espaços nos quais a diversidade seja celebrada e a inclusão, uma realidade.

A diversidade vai muito além das diferenças visíveis, englobando uma multiplicidade de perspectivas, origens, experiências, desejos, necessidades e habilidades. Quando abraçamos essa causa, enriquecemos nosso ambiente universitário com uma variedade de ideias e pensamentos, criando atmosferas de abrigo e respeito ao próximo. Ademais, estimulamos o pensamento crítico, promovemos o diálogo e preparamos nossos alunos para enfrentar os desafios complexos do mundo real.

A inclusão, por sua vez, é a chave para desbloquear o potencial de cada indivíduo e significa criar uma conjuntura na qual todos se sintam valorizados e capacitados a alcançar seu melhor desempenho. Isso requer a eliminação de barreiras, a promoção da equidade e a garantia de que todos tenham voz e oportunidades.

A ciência e a pesquisa também nos dizem que a diversidade e a inclusão são catalisadores de excelência, no qual cada lado da balança se completa rumo ao progresso. Instituições que abraçam esses princípios tendem a ser mais inovadoras e alcançar melhores performances acadêmicas.

Como líder de instituições de ensino superior, sinto muito orgulho por ter a certeza que o UniDomBosco está trilhando um caminho completamente alinhado ao acolhimento de todos os tipos de pessoas, dando suporte para que cada uma delas se desenvolva com excelência no âmbito acadêmico/profissional, mas também como seres humanos agentes das transformações na sociedade.

Espero, com essas ideias, dar mais abertura para o debate sobre o tema e estimular outros líderes — da educação e dos demais setores —  a embarcarem na luta por mais diversidade e inclusão em suas respectivas realidades.

Inteligência Artificial e ensino superior

Nos últimos anos, um dos avanços mais transformadores que a educação superior tem testemunhado é a aplicação da Inteligência Artificial (IA) em seus processos acadêmicos e administrativos. Se a tecnologia já se mostrava uma aliada poderosa na democratização e inovação do ensino, a IA surge como um passo além, oferecendo novas possibilidades de personalização, eficiência e acesso ao conhecimento.



No campo pedagógico, a IA tem potencial para revolucionar a experiência de aprendizado dos estudantes. Ferramentas de análise de dados e algoritmos avançados conseguem mapear as dificuldades individuais de cada aluno, sugerindo conteúdos, atividades e até mesmo trajetórias acadêmicas personalizadas. Essa capacidade de adaptação contribui para que cada estudante seja atendido conforme suas necessidades específicas, permitindo maior inclusão e redução das taxas de evasão.

Outro ponto relevante é a utilização da IA em assistentes virtuais e chatbots, que já ajudam alunos a esclarecer dúvidas sobre disciplinas, matrículas, prazos e processos burocráticos. Esse suporte imediato melhora a comunicação entre instituições e estudantes, ao mesmo tempo em que libera professores e equipes administrativas para focar em tarefas mais complexas e estratégicas.

A pesquisa científica também se beneficia amplamente do uso da IA. Desde a análise de grandes volumes de dados até a aceleração de descobertas em áreas como saúde, direito e engenharia, a inteligência artificial amplia as fronteiras do conhecimento e torna as universidades polos de inovação ainda mais competitivos.



Além disso, colaborações internacionais são facilitadas por meio de plataformas inteligentes, que conectam pesquisadores e consolidam informações de maneira ágil e precisa.

Pontos de atenção

É claro, porém, que a implementação da IA no ensino superior exige cuidados. Entre os desafios, estão a garantia da ética no uso dos algoritmos, a transparência dos processos decisórios automatizados, a proteção dos dados pessoais dos estudantes e a capacitação dos professores para utilizarem essas ferramentas de forma crítica e responsável. Mais do que adotar tecnologias, trata-se de preparar as instituições para uma cultura digital ética e sustentável.

Portanto, a IA não deve ser vista apenas como uma tendência passageira, mas como parte estrutural do futuro das universidades. Seu potencial é enorme para democratizar o acesso, personalizar o ensino, otimizar a gestão e fortalecer a pesquisa científica. O grande desafio para os líderes educacionais, daqui para frente, é garantir que esse avanço seja implementado de forma inclusiva, ética e alinhada à missão transformadora que o ensino superior carrega em nossa sociedade.

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Outras tecnologias no ensino superior

Além da IA, tecnologia, no âmbito geral, é inerente à sociedade contemporânea e já alcançou a maior parte dos setores das nossas vidas. Com o ensino superior, um agente fundamental do desenvolvimento da humanidade, não é diferente e vemos transformações significantes acontecendo diante dos nossos olhos praticamente todos os dias.



Como profissional que atua no dia a dia de grandes instituições de educação universitária, vejo esses dois campos cada vez mais entrelaçados, em um caminho sem volta e muito positivo, desde que haja a devida atenção e o manejo correto.

Onde estamos

A tecnologia tem se mostrado uma aliada poderosa na democratização do conhecimento, com recursos e plataformas de ensino online, videoaulas, bibliotecas e outros ambientes virtuais de aprendizado que tornaram o ensino superior mais acessível e flexível do que nunca. Os estudantes agora têm a oportunidade de personalizar sua jornada de aprendizado, escolhendo entre uma variedade de cursos e horários que se adaptam às suas vidas.

Outra vantagem que as inovações tecnológicas trazem estão no impulsionamento de novas abordagens na relação ensino-aprendizado. A realidade virtual e aumentada, por exemplo, oferece experiências imersivas que enriquecem o aprendizado em disciplinas como as presentes em medicina e engenharia, com a inteligência artificial ajudando na identificação de necessidades individuais dos estudantes e na adaptação do currículo de acordo com seu ritmo de aprendizado.

A tecnologia também tem o poder de conectar estudantes e professores globalmente de maneira prática e veloz. Se antes havia demasiada burocracia para a realização de parcerias acadêmicas e programas de intercâmbio, por exemplo, o virtual hoje permite que instituições de ensino superior se expandam mais facilmente para além das fronteiras geográficas.

Ações do tipo promovem a diversidade e enriquecem o aprendizado, oferecendo perspectivas globais em sala de aula.



Embora revolucionária e extremamente benéfica, a tecnologia requer cuidados e não está isenta de desafios para líderes de instituições de ensino superior, assim como nos outros setores do mercado de trabalho e da sociedade. E é por isso que, ainda nesta semana, quero trazer mais um post sobre o tema, com pontos-chaves que devem estar presentes na cartilha dos executivos na implementação de recursos tecnológicos nas nossas universidades.

Principais desafios

Claro, porém, que a integração tecnológica não está isenta de desafios e perigos, e quero também trazer pontos de atenção importantes para os líderes do setor terem no radar e, aí sim, conseguir tirar o melhor proveito dessa combinação com a devida responsabilidade.

Acessibilidade

A tecnologia é agente direta na acessibilidade da educação, mas vale lembrar que estamos em um país extremamente desigual, no qual grande parte da população não tem acesso a recursos e dispositivos básicos para estarem conectados. Cabe a nós entender como podemos diminuir as diferenças, com incentivos e programas, para que o ensino superior realmente chegue a maior parcela possível de pessoas nas cinco regiões brasileiras, levando também informação, conhecimento e equidade.

Qualidade

Ofertas de ensino a distância não podem, em hipótese alguma, significar a queda na qualidade da educação. É vital que as lideranças do setor estejam atentas à manutenção de padrões de excelência. Nesse sentido, me sinto orgulhosa em saber que as formações EAD do Centro Universitário UniDomBosco estão em pé de igualdade com os cursos presenciais, inclusive com diplomas idênticos e respeitáveis perante o mercado de trabalho.

Treinamento de professores

Para que a tecnologia seja utilizada da melhor maneira, não basta investir apenas em recursos e plataformas, mas é preciso, também, colocar esforços no treinamento adequado dos professores e demais colaboradores, que serão os condutores dessa jornada.

Privacidade e segurança dos dados

Ao coletar e armazenar informações de estudantes, as instituições de ensino devem garantir a segurança e a proteção dos dados pessoais. Vazamentos de informações sensíveis podem causar sérios danos à reputação das faculdades — além de configurarem crime em certos casos — e à confiança dos alunos e professores.


Inovações

Os desenvolvimentos de novas tecnologias acontece, hoje, de modo exponencial, com inovações surgindo a todo o tempo. É tarefa dos líderes estarem atentos e preparados para prováveis obsolescência de equipamentos e software, bem como garantir a atualização constante dos recursos tecnológicos para manter a relevância acadêmica.




Em síntese, a tecnologia é grande aliada para uma educação mais moderna, otimizada e, consequentemente, melhor. Como há dualidade em tudo, porém, precisamos estar sempre vigilantes com as maneiras mais benéficas e responsáveis para implementá-la em nossas escolas e universidades.

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