Francis Bacon foi um dos grandes nomes do pensamento moderno. Filósofo, cientista e político inglês, revolucionou a forma como lidamos com o conhecimento.
Sua defesa do método empírico mudou o curso da ciência. Bacon acreditava que o saber deveria vir da observação e da experiência. Ele propôs uma reforma radical no modo de pensar da humanidade. E influenciou de forma direta o surgimento da ciência moderna.
Ele escreveu inúmeros livros e ensaios que são fundamentais para a filosofia moderna e a ciência. Por conta disso, é considerado um dos fundadores da investigação científica moderna e do método científico ou até mesmo “o pai da ciência moderna” (Fonte: World History Encyclopedia).
Neste post, você vai conhecer mais a história de Francis Bacon e suas principais ideias.
Quem foi Francis Bacon
Francis Bacon nasceu em 1561, em Londres, em uma família influente na corte inglesa. Desde cedo, teve contato com o mundo político e intelectual.
Estudou em Cambridge e logo se destacou por seu raciocínio crítico. Ingressou na vida pública e chegou a ocupar o cargo de chanceler da Inglaterra. Mas sua verdadeira paixão era a filosofia natural. Ele acreditava que o conhecimento poderia libertar a humanidade da ignorância.
Mesmo com escândalos políticos que abalaram sua carreira, seu legado intelectual permaneceu firme. Bacon morreu em 1626, após uma experiência com neve que o deixou doente, ironicamente, testando os limites do próprio conhecimento.
A crítica aos métodos antigos
Na época de Francis Bacon, o saber era dominado pelas ideias de Aristóteles, que defendia a existência de um único mundo, o que vivemos, e somente nele encontramos bases sólidas para empreender investigações filosóficas (Fonte: UOL).
A filosofia, portanto, era feita com base em deduções abstratas e reverência às autoridades antigas. Mas Bacon rompeu com esse modelo. Ele argumentava que a razão pura, isolada da experiência, levava a falsas conclusões.
O conhecimento não deveria depender apenas de livros ou da lógica formal. Era preciso investigar a natureza diretamente, com os próprios sentidos.
Para ele, a filosofia escolástica se tornou estéril e repetitiva. Bacon via nela uma prisão intelectual, incapaz de gerar descobertas úteis para a sociedade. Seu projeto era substituir esse sistema ultrapassado por um novo, em um método que colocasse a experiência e a observação no centro do processo.
O método indutivo e a nova ciência
A grande inovação de Francis Bacon foi a criação de um método baseado na indução. Ele propôs um caminho oposto ao da dedução aristotélica. A ciência deveria começar com a coleta rigorosa de dados empíricos. Só depois seria possível construir teorias gerais sobre o mundo.
Como funciona o método indutivo de Francis Bacon
No método indutivo de Bacon, o conhecimento nasce da observação sistemática. O pesquisador começa registrando fatos concretos, sem suposições prévias. A partir da repetição desses fatos, identifica-se padrões ou regularidades. Esses padrões, então, dão origem a princípios gerais ou leis.
Esse processo exige atenção, comparação e eliminação de hipóteses erradas. É uma ciência lenta, mas segura, baseada na realidade, não na especulação.
A importância da experimentação
Além da observação, Francis Bacon valorizava o experimento. Ele defendia que o cientista deveria provocar a natureza e não apenas contemplá-la.
A experimentação ativa permite testar causas, controlar variáveis e verificar resultados. Isso transforma o homem em um agente do conhecimento e não somente um observador passivo. Bacon via nisso uma forma de conquistar domínio sobre o mundo natural.
Era o início da ideia de que a ciência pode e deve gerar tecnologia e progresso.

Os ídolos da mente humana
Francis Bacon compreendia que o ser humano está sujeito a erros sistemáticos. Por isso, desenvolveu a teoria dos “ídolos”, que são obstáculos internos ao conhecimento. Ele acreditava que, antes de buscar a verdade, era preciso limpar a mente. Somente assim a razão poderia funcionar com clareza e eficácia.
Os quatro principais tipos de ídolos que Bacon identificou são:
- Ídolos da Tribo: erros comuns à natureza humana, como enxergar padrões onde não existem.
- Ídolos da Caverna: vícios individuais, formados por cultura, educação e experiências pessoais.
- Ídolos do Mercado: problemas causados pela linguagem, que distorce o pensamento.
- Ídolos do Teatro: crenças herdadas de sistemas filosóficos antigos e dogmas infundados.
Esses ídolos impedem o acesso à verdade objetiva. Combater cada um deles é parte essencial do método científico.
O saber como poder
Uma das frases mais célebres de Francis Bacon é: “conhecimento é poder.” Para ele, a ciência deveria ter utilidade prática e impacto na sociedade. O objetivo do saber era gerar benefícios concretos para a vida humana. Essa ideia é uma das bases do pensamento moderno sobre ciência e tecnologia.
Bacon defendia a criação de uma comunidade científica organizada. Ela reuniria dados, experimentos e descobertas para resolver problemas da humanidade. O domínio da natureza permitiria curar doenças, melhorar a agricultura, criar máquinas e transformar a vida cotidiana.
Era uma visão otimista, baseada na razão como motor do progresso.
Legado de Francis Bacon
O pensamento de Francis Bacon deixou uma marca profunda na ciência e na filosofia. Ele é considerado um dos pais fundadores do método científico moderno. Entre suas obras, destacam-se:
- Novum Organum (1620), onde apresenta o método indutivo e os ídolos da mente.
- Instauratio Magna, projeto inacabado que visava reorganizar todo o saber humano.
- Nova Atlantis, obra que descreve uma sociedade ideal baseada na ciência.
Esses textos influenciaram gerações de cientistas e filósofos e estão entre os pilares do empirismo e da racionalidade científica.
Influência na filosofia e na ciência
Bacon antecipou temas que seriam aprofundados por pensadores como John Locke e David Hume. Ele preparou o terreno para a separação entre fé e razão, tradição e investigação.
Seu impacto chegou até Isaac Newton, que aplicou, com rigor matemático, princípios semelhantes aos que Bacon propunha. Mesmo criticado por não realizar experimentos ele mesmo, sua proposta teórica mudou o mundo.
A ciência, como conhecemos hoje, carrega o DNA do pensamento baconiano. Busca dados, testa hipóteses e transforma o conhecimento em ação.
Francis Bacon: nome que entrou para a história
Francis Bacon marcou a história como um pensador que rompeu com o passado. Seu método indutivo e sua crítica aos vícios do pensamento abriram novas portas ao conhecimento humano.
Ele acreditava na razão aliada à prática, e não na teoria isolada. Com isso, ajudou a fundar a era científica em que ainda vivemos. Bacon nos ensinou a observar, testar e duvidar. E, mais que isso, a buscar sempre o saber que transforma o mundo.
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