No cenário corporativo atual, o investimento em compliance tornou-se uma ferramenta jurídica e estratégica para as empresas que buscam se destacar e sobreviver em um mercado cada vez mais exigente.
A queda de 10 posições do Brasil no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023, resultando em uma classificação na 104ª posição, reflete a crescente intolerância da sociedade em relação à corrupção (tanto pública quanto privada), conforme divulgado pela Transparência Internacional (fonte: portal G1).
Nesse contexto, o compromisso com a integridade se torna um diferencial indispensável. Consumidores e profissionais estão cada vez mais seletivos, preferindo se associar a empresas que demonstram práticas éticas e transparentes.
Para compreender melhor o tema, no post de hoje vamos abordar o que é compliance, sua importância, a relação do compliance com a LGPD e como implementar esse programa na empresa.
O que é compliance?
O termo “compliance” deriva do verbo inglês “to comply,” que significa cumprir ou estar em conformidade. De acordo com o portal Exame, no ambiente empresarial, compliance se refere ao alinhamento com leis, normas e regulamentos aplicáveis.
Mais do que uma simples obrigação legal, o compliance é uma prática essencial que protege tanto a empresa quanto seus colaboradores, garantindo transparência e segurança nas operações.
Em essência, o compliance envolve a implementação de controles internos que esclarecem direitos e normas, proporcionando maior segurança a todos os envolvidos com a empresa, especialmente sócios e colaboradores. Em um ambiente corporativo cada vez mais regulamentado, investir em um programa de compliance é uma estratégia vital para assegurar o sucesso a longo prazo.
Qual a importância do compliance nas empresas?
O compliance nas empresas vai além de uma prática preventiva contra irregularidades; ele é uma estratégia fundamental para fortalecer a reputação da marca. Investir em um programa de compliance eficaz faz com que a empresa seja vista como transparente e confiável, tanto por colaboradores quanto por clientes, o que resulta em maior credibilidade no mercado, conforme pontua o blog da EPD.
Internamente, o compliance também promove um ambiente de trabalho mais engajado e produtivo. Conforme orienta o portal Ponto Tel, o compliance facilita a gestão empresarial, funcionando como um norte para os gestores.
Isso porque quando os valores e objetivos da empresa estão claros e bem definidos, os colaboradores se alinham mais facilmente com a cultura organizacional, encontrando propósito em suas atividades e contribuindo de forma significativa para o sucesso do negócio.
Como implementar um programa de compliance na empresa?
Embora a implementação de um programa de compliance seja uma regulação interna, o programa deve se basear em normas públicas, como leis fiscais, ambientais e a Lei Anticorrupção. A seguir, conheça as principais etapas para criar um programa de compliance eficaz:
Análise de riscos
A primeira etapa na implementação de um programa de compliance é realizar uma análise detalhada dos riscos aos quais a empresa pode estar exposta. Isso envolve identificar possíveis desvios de conduta, tanto internamente quanto nas relações com o mercado e a legislação vigente. A empresa pode formar um comitê interno com colaboradores ou, dependendo do tamanho e complexidade, contratar uma consultoria especializada para auxiliar nesse processo.
Análise de riscos
Depois, é necessário realizar uma análise detalhada dos riscos aos quais a empresa pode estar exposta. Isso envolve identificar possíveis desvios de conduta, tanto internamente quanto nas relações com o mercado e a legislação vigente. A empresa pode formar um comitê interno com colaboradores ou, dependendo do tamanho e complexidade, contratar profissionais da área jurídica para auxiliar nesse processo.
Desenvolvimento de plano de ação
Com os riscos identificados, o próximo passo é desenvolver um plano de ação. Esse plano deve incluir estratégias e medidas preventivas para evitar desvios de conduta, além de definir punições para situações antiéticas. O programa de compliance deve ser claro e detalhado, utilizando uma linguagem acessível para garantir que todos os colaboradores compreendam suas responsabilidades.
Disseminação das regras
Após o desenvolvimento do plano de ação, é necessário disseminar as regras por toda a empresa. Criar um manual de compliance acessível a todos os colaboradores, independentemente da hierarquia, assegura que todos entendam as normas e comportamentos esperados. A clareza e a acessibilidade dessas informações são fundamentais para o sucesso do programa.
Utilização de tecnologia para monitoramento
A tecnologia é uma aliada poderosa no monitoramento do compliance. Ferramentas tecnológicas permitem coletar, analisar e acompanhar informações que possam representar riscos à imagem da empresa. Também é preciso criar canais de comunicação confidenciais, onde colaboradores e clientes possam denunciar condutas inadequadas de forma segura e protegida.
Capacitação contínua dos colaboradores
Divulgar as regras é importante, mas capacitar os colaboradores é essencial para a eficácia do compliance. A empresa deve promover cursos, palestras e dinâmicas regularmente para garantir que todos compreendam as condutas esperadas. A capacitação contínua reforça o comprometimento com práticas éticas e atualiza os colaboradores sobre novas regulamentações e procedimentos.
Monitoramento e adaptações constantes
A implementação do compliance exige monitoramento constante para a gestão de riscos e a adaptação às mudanças no mercado, nas leis e nas expectativas sociais. Além de estar atento às denúncias, a empresa deve estar preparada para tomar ações corretivas e melhorias contínuas, garantindo a eficácia e relevância do programa de compliance.
Qual a relação entre compliance e LGPD?
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) modificou a relação das empresas quanto à coleta, tratamento, armazenamento e uso de dados pessoais, aplicando-se a dados de consumidores, colaboradores, fornecedores e qualquer outra parte envolvida com a organização.
Nesse contexto, o compliance não só abrange as normas tradicionais, mas também se expande para incluir aspectos de direito digital, garantindo que todas as práticas estejam em conformidade com as novas exigências legais.
Dessa formam a implementação da LGPD exige que as empresas estabeleçam normas rigorosas para garantir a proteção dos dados pessoais, e é nesse contexto que o compliance se torna indispensável. Um programa de compliance bem estruturado deve ser baseado nas diretrizes da LGPD, assegurando que todas as práticas da empresa estejam em conformidade com a lei.
Vale ressaltar que o não cumprimento da LGPD pode trazer consequências graves para as empresas, que vão além da perda de confiança e reputação no mercado. As penalidades incluem multas significativas, processos judiciais e, em casos mais extremos, o encerramento das atividades da organização.
Portanto, alinhar o programa de compliance às exigências da LGPD não é apenas uma questão legal, mas uma estratégia quando pensamos na proteção da empresa contra riscos e manutenção da reputação. Ao adotar práticas que respeitam a privacidade e a segurança dos dados, a empresa demonstra responsabilidade e comprometimento com a ética, o que é altamente valorizado por consumidores e parceiros de negócios.
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