A impressão que se tem é que desde a pandemia um dos termos mais comentados no mercado de trabalho é home office.
E não é para menos, esse tipo de trabalho, até então utilizado por uma fatia pequena, se transformou em dado momento a realidade da grande maioria e agora aos poucos vem sendo além de questionado, adaptado em muitas empresas.
Algumas pregam o fim dessa modalidade de trabalho, enquanto uma massa significativa dos trabalhadores coloca na balança os prós e contras, nos quais em grande parte das vezes ganham os prós.
Mas a realidade na qual se encontram a maior parte dos trabalhadores não lhes permite discutir sobre a temática. Pelo menos não nos seus locais de trabalho.
Temos visto ondas de grandes demissões e cada vez o número de vagas de trabalho remoto diminuírem.
Será que é o fim do home office?
Essa é a discussão que trazemos aqui mostrando um pouco do que se tem falado, das pesquisas, das notícias e outras fontes.
É preciso antes de mais nada esclarecer que obviamente ao falar de trabalho remoto e das vantagens e desvantagens estamos falando daquelas posições onde isso pode ocorrer. Não se trata do momento pandêmico no qual todos foram obrigados a ficarem em casa. Tratamos do home office que de alguma forma ficou claro que podia existir.
E claro, que é um assunto polêmico e controverso. O objetivo é mostrar todas as nuances e trazer o tema para análise e discussão.
Veja os dados dessa pesquisa:
A maior parte dos respondentes da pesquisa realizada (66%) afirmou que permaneceu frequentando o local de trabalho presencialmente durante a pandemia, enquanto 33% aderiram totalmente o modelo remoto ou o modelo híbrido. Já em relação ao processo de adaptação, 56% alegaram que se adequaram muito bem e melhor do que atuando presencialmente. Desses, 75% se consideram extremamente felizes e 29% já possuíam um espaço de trabalho dedicado para atendê-los nessa nova estrutura.
Entre os prós e contras identificados no trabalho remoto, destacam-se como pontos positivos: (i) utilizar o tempo de deslocamento até o escritório para outras atividades (50%); (ii) ter mais tempo para estar com a família (44%); e (iii) conciliar atividades do emprego e de casa (40%). Por outro lado, as pessoas sentem falta de estar com os colegas de trabalho (38%) e mencionam o fato de não ter uma estrutura adequada de trabalho em casa (23%).
No mais, 41% dos respondentes acreditam que o home office contribui positivamente para aumento de produtividade e foco.
Independente desses números que mostram que a maior parte dos profissionais se sentem felizes com o home office, o que a realidade tem trazido é o que mostra essa outra pesquisa:
De acordo com o estudo, que ouviu 400 profissionais no Brasil entre novembro e dezembro do ano passado, 27% dos trabalhadores atuavam presencialmente entre 2020 e 2021. Em 2022, esse número quase dobrou, saltando para 45%.
Na balança entre o presencial e o home, qual vence?
Será que é essa a pergunta que se deve fazer? Será que teremos num futuro um pouco próximo empresas e profissionais encaixados no que se trata dos seus desejos e necessidades? Tem mercado para os que querem o home-office? Existem empresas que pretendem manter essa modalidade como a principal? Existem profissionais que se encaixam de forma positiva no presencial? Empresas e profissionais vão se tornar mais flexíveis?
Nos dias atuais apesar do crescimento da volta ao presencial temos visto muitas empresas adotando o híbrido que talvez possa ser o chamado “caminho do meio” e que acabe trazendo o equilíbrio.
Acreditamos que essas serão cenas do próximo capítulo. Tanto o mercado, quanto os profissionais precisam nessa nova fase entender o que faz mais sentido para eles. E se a sua empresa não cabe mais para você, talvez seja o momento de redirecionar a rota.
Existem muitas formas de fazer isso, não é mesmo?
E qual é a sua opinião sobre o tema? Escreva nos comentários.