Vemos muitas pesquisas e reportagens sobre as habilidades que os mercados buscam nos profissionais, porém muito poucas falando sobre as habilidades que os profissionais querem aperfeiçoar em si mesmos.
Claro que, na maioria dos casos, os profissionais vão em busca das habilidades que o mercado procura para, com isso, obterem maiores chances e oportunidades. Porém, apesar disso, tem se percebido um movimento de procura por parte dos profissionais de adquirirem ou aperfeiçoarem habilidades que não são ou são pouco vistas e pensadas pelo mercado.
Isso porque são habilidades relacionadas à saúde mental, buscas internas, relacionamentos, interações sociais. Coisas que fazem, sim, toda diferença no mercado de trabalho, porém que ainda não são devidamente valorizadas.
O que se tem percebido é que a pandemia, e tudo o que ela trouxe, fez com que os profissionais vislumbrassem certas necessidades que, na correria do dia-a-dia dos escritórios e dos deslocamentos, estavam perdidas.
Pode parecer controverso, mas o isolamento e o home-office fizeram com que as pessoas compreendessem melhor o valor das relações, das boas relações. Do valor da comunicação, do cuidado com a saúde não só física com mental, entre outras coisas.
O resultado é que, além das habilidades que o mercado quer, os profissionais estão buscando as que o mercado talvez ainda não enxergou que precisa, mas que faz toda a diferença.
Mas que habilidades são essas?
Temas como comunicação não-violenta e autoconhecimento cresceram nas buscas no google e nas plataformas de cursos.
A Comunicação Não-Violenta (CNV) representa habilidades de comunicação verbal (escrita ou falada) e não verbal (gestos, expressões faciais ou corporais, imagens ou códigos) que buscam criar compaixão e empatia para fortalecer as conexões humanas.
Uma dica interessante, em se tratando de autoconhecimento, é escutar o Episódio 23 do podcast DOM Universitário, que traz o tema “Gerenciar a si mesmo- autoconhecimento e autoimagem”.
Isso tudo mostra bem que as habilidades relacionais têm sido valorizadas pelos profissionais. São competências relacionais: autoimagem, administração de conflitos, controle emocional, sociabilidade, comunicação e relação com autoridade.
Esse autoconhecimento e autorregulação é essencial para uma boa interação social e profissional.
Tem se visto também a procura por temas e cursos relacionados à inteligência emocional, tema que, de alguma forma, acaba abrangendo essas habilidades citadas acima.
No episódio 17 do podcast, o tema é “Gestão de Crise e inteligência emocional”. Se quiser saber mais sobre esse tema, clique no link:
https://www.unidombosco.edu.br/blog/sabe-o-que-e-inteligencia-emocional/
Tudo isso mostra bem como as chamadas soft skills precisam ser tão ou até mais valorizadas que as hards skills.
Ambas podem ser adquiridas e aperfeiçoadas na atuação profissional, porém certamente é muito mais fácil ensinar técnica para alguém que possui boas habilidades interpessoais e com isso as valoriza, do que o contrário.
Esse é um momento de reflexão de todos para que a sinergia entre o que o mercado busca e o que o profissional busca, aconteça. É obviamente necessário aperfeiçoar habilidades técnicas e temos visto o crescimento por essa procura. Porém, é igualmente ou mais essencial, nesse momento, aperfeiçoar as habilidades internas e interpessoais.
Os números de casos de Burnout e outras doenças relacionadas à saúde mental são bons exemplos disso.
Você, futuro ou profissional, já tinha pensado na importância dessas habilidades?