Dia internacional contra a homofobia

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Homofobia (homo, pseudoprefixo de homossexual, fobia do grego φόβος “medo”, “aversão irreprimível”) é uma série de atitudes e sentimentos negativos, discriminatórios ou preconceituosos em relação a pessoas que sentem atração pelo mesmo sexo ou gênero, ou percebidas como tal. As definições para o termo referem-se variavelmente a antipatia, desprezo, preconceito, aversão e medo irracional. A homofobia é observada como um comportamento crítico e hostil, assim como a discriminação e a violência com base na percepção de que todo tipo de orientação sexual não-heterossexual é negativa.

Difícil, nos dias de hoje, quem não saiba o que é, ou pelo menos não ouviu falar sobre o tema, porém essa definição ajuda a deixar claro para os que ainda possuem dúvidas.

O dia 17 de maio é o dia internacional contra a homofobia.

Você sabe por que essa data foi escolhida?

Em 1990, no dia 17 de maio, a OMS (Organização Mundial da Saúde) retirou da classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde e à homossexualidade. Um grande avanço nessa luta e, com isso, esse dia foi o escolhido para que organizações e pessoas do mundo todo promovam debates, reflexões, atividades que apoiem a igualdade de direitos dos homossexuais.

Um grande avanço, porém, infelizmente, não suficiente para acabar com o preconceito e tudo o mais que ele traz sobre esse assunto. Devido a tudo isso se transformou em uma causa que precisa ser defendida, não somente neste dia, mas diariamente.

Mortes violentas de LGBT+ cresceram em 2021 e atingiram pelo menos 300 pessoas

“Brasil é o país com mais assassinatos de LGBT: uma morte a cada 29 horas, aponta levantamento. Número real deve ser ainda maior.”

Essa é a chamada de uma reportagem do início de 2022, entre muitas outras que poderiam ter sido escolhidas. Pelo menos uma morte a cada 29 horas causadas pelo preconceito, pela falta de informação, pela falta de conscientização e muitas outras questões.

Se solidarizar com essa causa é questão de humanidade. Somos mais humanos e nos tornamos mais humanos quando, independente de nossos sentimentos e pensamentos individuais, nos colocamos no lugar do outro, enxergamos suas lutas com solidariedade e buscamos a preservação da vida.

Não deveria ter que existir leis que protegessem determinados tipos de grupos, porém quando o preconceito fala mais alto que o bom senso, elas precisam ser criadas. Temos muitos exemplos no nosso país, como a lei Maria da Penha e outras que protegem as mulheres, como as leis antirracismo e xenofobia, e até mesmo o Estatuto da Criança e do Adolescente.

É preciso ter um olhar mais abrangente quando se trata de questões que ferem os direitos primordiais do ser humano. O direito à vida, ao ir e vir e outros estão presentes na Constituição e só isso já deveria bastar. Entretanto, a realidade é que, ainda, o preconceito fala mais alto.

Mas é possível usarmos um dia como esse, ou como outros tantos que visam conscientizar sobre causas importantes e de cuidado e amor pela vida e pelas pessoas, como um momento de reflexão, discussão, solidarização e ação.

Não adianta somente falarmos e divulgarmos sobre as causas que precisam de um olhar atento. É preciso todo dia tomar atitudes que demonstrem isso.

Pequenas atitudes individuais, feitas com constância, se transformam em grandes movimentos que fazem a diferença.

O dia mundial da homofobia deve ser, sim, um dia para falar sobre o assunto e honrar todos que já foram vítimas desse preconceito. Mas, todos os dias devem ser dias de tomar atitudes na grande batalha por um mundo melhor, onde todos, independentemente de suas escolhas, possam ser felizes.

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